terça-feira, 29 de novembro de 2011

EDP - incompetência, conversa da treta e incapacidade

De vez em quando fico às escuras. Não há electricidade.
Os electrodomésticos queixam-se. Se não estou disposto a sacrificar uma bateria no computador portátil, tendo-a sempre a carregar, arrisco-me a perder trabalho. Parece que estou no princípio do século XIX, quando a electricidade era uma experiência.
Mas não estou. Estou em 2011, numa zona rural. Os "apagões" agora duram menos. Mas acontecem quando menos se espera e faça o tempo que fizer - sol, chuva, frio, calor, tempo seco, tempo quente, trovoadas, céu limpo, vento, ausência de vento, ondas, mar calmo, no Inverno, no Outono, na Primavera, no Verão...
Já lá vai o tempo em que a EDP justificou por carta os apagões com misteriosas e poderosíssimas trovoadas que assolariam o concelho de Caldas da Rainha. 
E também já deixou de o fazer com o pretexto dos roubos de cobre... quando eu lhes comuniquei que não havia queixa nenhuma formalizada na GNR ou na PSP locais. Tinha sido um lapso, garantiram-me. Pois, mas a justificação do cobre roubado desapareceu-lhes da ementa das justificações idiotas.
Depois de queixas pormenorizadas à Entidade Reguladora do Sector Energético, a EDP foi forçada a dizer a verdade: as infra-estruturas estavam podres e não era feito investimento na sua manutenção.
Consta que, depois de as suas infra-estruturas terem sucumbido a temporais violentos, que a EDP começou a fazer algum investimento na Região Oeste. É certo que os apagões são menos demorados (mas no passado dia 11 estive três horas e meia sem electricidade) mas continuam.
Apesar da conversa da treta (e em 2007 já tive de estar meia hora a ouvir um imbecil da dita empresa a garantir-me que os apagões eram uma coisa perfeitamente natural), a EDP continua a demonstrar a sua incompetência e a sua incapacidade de assegurar uma coisa muito simples - o fornecimento de energia eléctrica ao País todo... e não apenas aos principais centros urbanos.
Há por aí gente que se mostra muito escandalizada por a EDP ir ser privatizada a, dizem, "preço de saldo". É provável que quem acha o valor da EDP muito baixo resida numa cidade onde a alegada competência da dita empresa não sofre tantos apagões...

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