Tenho alguma dificuldade em aceitar, mesmo numa perspectiva especulativa, as expressões e os apelos de revolta contra as medidas de austeridade que - até prova em contrário - parecem ser as únicas capazes de impedir a falência do País e o que daí inevitavelmente decorrerá: pelo menos, a falta de dinheiro do Estado para satisfazer os seus compromissos, nomeadamente pagar os salários à função pública e as pensões e assegurar o funcionamento de serviços básicos.
Dos "indignados" novos e reciclados à extrema-esquerda tradicional, passando pelo PCP jurássico e pela legião de sindicalistas que, sabe-se lá porquê, não percebem que os tempos mudaram, não vejo propostas alternativas concretizáveis, credíveis e funcionais para o contexto em que nos encontramos. O que ouço são só berros, raramente racionais.
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