domingo, 10 de maio de 2015

Querem mesmo matar a galinha dos ovos de ouro?


Não haverá uma criatura minimamente inteligente nas administrações ou direcções dos órgãos de comunicação social, nas agências de meios ou nas empresas anunciantes, que perceba que "encharcar" a imprensa "on line" com anúncios que tapam por inteiro a respectiva primeira página é uma forma de afastar leitores?
Pode ser que esses anúncios sejam muito bonitos, muito originais, muito criativos e que respeitem o último grito da moda tecnológica mas o certo é que acabam por bloquear ou paralisar os "browsers" menos recentes de pessoas que não querem, não podem ou não estão para perder tempo com isso, fazer actualizações, instalar "browsers" novos ou comprar computadores todos os meses.
E a tendência natural, no mundo "on line", é procurar de imediato uma alternativa se um "site" (que é de visita mais do que facultativa) não fica logo acessível.
Voltando as costas à imprensa "on line", a maioria dos potenciais leitores volta-se para os "sites" que parecem ser noticiosos (tipo "ao minuto") onde se confunde tudo, das datas à verdadeira autoria das coisas que aparecem publicadas, e de onde estão arredados quaisquer critérios jornalísticos mínimos. Serve para os mais apressados e para os que sofrem de vários tipos de iliteracia e para os muitos "guerreiros" do Facebook mas para mais nada.
Não é deste modo que a imprensa ganha na internet o que já perdeu no papel. E se essa galinha ainda pode pôr ovos de ouro, o certo é que estão a matá-la.

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