sexta-feira, 31 de outubro de 2025

EDP/e-Redes: a Crónica das Trevas (123): cai um pingo de chuva... e a luz apaga-se

A partir das 22 horas foram vários os apagões. E está a chover. A rede eléctrica, que devia ser uma infraestrutura segura, tem aqui a fragilidade de uma vela acesa: apaga-se com um pingo de chuva.

Estou farto destes incompetentes, que detesto do mais fundo do meu ser. São isto:











A imprensa do medo

Estas "notícias" (serão notícias depois de as previsões serem confirmadas, se forem) inspiram medo, alarme e ansiedade na população. Não sei qual é o objectivo.

Os próprios saberão por que motivo o fazem. Os seus chefes, directores e patrões também hão de saber.

E talvez nos pudessem dizer porque é que o fazem.




 


Até porque, às vezes, há "notícias" que fazem ricochete.

Lembram-se destas, de há dois anos?






(Imagens de fonte aberta de acesso público.)

terça-feira, 28 de outubro de 2025

O PS de Caldas da Rainha atirou-se pelo cano abaixo




Comecemos pelos números:


Nas eleições para a Câmara Municipal de Caldas da Rainha realizadas em 2017, o PSD teve o mais fraco de todos os seus candidatos: Tinta Ferreira, um homem da burocracia camarária que acabara de fazer um primeiro mandato. Inábil, politicamente, e associado a obras urbanas desastrosas, Tinta Ferreira foi derrotado em 2021 e deu a vitória ao grupo Vamos Mudar (VM).

Em 2017, o PS era o partido que estava no Governo. Tinha o poder nacional, tranquilamente, nas suas mãos. Mas, nas eleições para a Câmara Municipal de Caldas da Rainha, teve só 5276 votos. E depois, entre 2017 e 2021 perdeu 2802 eleitores. 

Será tentador dizer que o total dos 6500 votos perdidos pelo PSD e pelo PS entre 2017 e 2021 explicam a vitória do Vamos Mudar, em 2021, mas não tenho bases para fazer essa leitura.

Nas eleições realizadas no passado dia 12, o PSD conseguiu, em parte, recuperar a sua posição, embora o modo tardio como lançou a sua candidatura e entrou em campanha tenha contribuído para impedir a sua vitória. 

O PS, no entanto, desistiu. Nem tentou. Desistiu desde o primeiro momento. E é quase embaraçoso ver como um partido nacional com implantação local desaparece e aceita submeter-se a um grupo que, sendo formalmente de cidadãos independentes, tem um funcionamento de partido. Ou, melhor, de seita. O VM chegou à fase final desta campanha a pedir um voto de fé cega ("acreditar") num indivíduo apresentado como um homem providencial. O seu comportamento foi, claramente, o de uma seita religiosa.

O PS, na sua submissão ao VM, parece ter conseguido agora um lugar na Câmara Municipal e mais alguns na Assembleia Municipal e em assembleias de freguesia. Mas é curto. E até é impossível saber se era essa a sua intenção, se o resultado correspondeu ao que os militantes do PS queriam alcançar, que contas é que fizeram. Como uma prostituta muda, o PS entrou calado na campanha, esteve ausente e saiu da campanha igualmente em silêncio.

E valeu a pena? Não.

O PS não pôde cantar vitória porque não a teve e, no seu silêncio, mostra uma clara vergonha de assumir a derrota do esquema em que se meteu: o acasalamento entre o VM e o PS devia ter conseguido, pelo menos, 11 511 votos e só relativamente a 2021. Mas não: esta estranha aliança ficou-se por 9460. 

O VM e o PS não lucraram com o truque.

Na realidade, de 2021 para 2025, o VM e o PS perderam votos (e eleitores): 2055 votos. 

Sem ligar ao silêncio embaraçado do PS, bem pode o VM fazer de conta, como o seu chefe proclamou, que tinha tido mais votos do que em 2021. Não teve. E nem se pode saber, por exemplo, de onde vieram os 9460 votantes do VM. Quantos eleitores do PS é que estiveram nestes 9460? Vergonha das vergonhas, o PS nem saberá. 

O PS foi, nitidamente, pelo cano abaixo em Caldas da Rainha. Ou, então, anda escondido por ter vergonha do que fez e para ver se ninguém se lembra da asneira.

O que pensarão os socialistas de Caldas da Rainha? Se é que ainda os há, claro.

E, já agora, o que pensará o equívoco mentor desta desgraça, que foi António José Seguro? A derrota do PS de Caldas da Rainha também lhe é devida.








    EDP/e-Redes: a Crónica das Trevas (122): está a chover... falta a luz!

     


    Como se costuma dizer, é fatal como o destino: a rede da EDP/e-Redes não aguenta a chuva. Ao cabo de mais de cinco horas de chuva, que nem sequer é muito forte, a luz foi-se abaixo. 

    Das 16h31 às 16h34. 

    Com esta tristeza de dia a ficar mais escuro, dá vontade de pensar que as poucas dezenas de pessoas que vivem nesta zona devem ter acendido a luz todas ao mesmo tempo. E pronto, temos a cagada habitual a que a EDP/e-Redes nos habituou.





    sexta-feira, 24 de outubro de 2025

    A questão da "mudança da hora" é só isto: manda quem pode, obedece quem deve

    A hora "muda" duas vezes por ano. E porquê? 

    Entre os argumentos a favor da "mudança" e da (re)criação de uma ritmo horário estável, e como em tudo há sempre argumentos favoráveis e desfavoráveis, o que emerge como questão essencial é só uma: a decisão de andar para trás e para a frente no ritmo horário das nações e dos seres humanos que as habitam é uma simples questão de poder. 

    Manda quem pode, obedece quem deve: eles podem mandar-nos mexer nos relógios apenas porque têm poder para isso; e nós temos de obedecer.

    Tudo o resto já não tem importância.







    quinta-feira, 23 de outubro de 2025

    Na Serra da Cabreira, à beira do rio Cávado e com passagem pelo Gerês

    O alojamento escolhido foi a Quinta da Resteva, em Louredo, e o restaurante que venceu, no meu concurso privado, foi o Cabreira Terrace, com Posta de Vitela do Barroso, Bacalhau à Cabreira e Chanfana de Javali.

    Foram cinco dias de descoberta gradual de percursos serranos pouco fáceis, numa região que é mais vasta do que parece, com uma relação desequilibrada entre a oferta de alojamento local (muito grande, de qualidade) e a restauração disponível (diminuta), com duas visitas à vila simpática de Vieira do Minho e à vila feia de Póvoa de Lanhoso. Com muito calor de dia, vinho verde tinto (na malga) e branco, quase todo a condizer com a paisagem admirável, e os indispensáveis Elsa e Alex que fazem parte da família.



    A paisagem à nossa volta





    Dias de ócio




    Elsa e Alex



    Na barragem de Salamonde



    O lobo de Fafião





    Reflexo



    Bacalhau à Cabreira e Chanfana de Javali no Cabreira Terrace
















    terça-feira, 21 de outubro de 2025

    Haja alguém!

     

    Texto completo aqui
    Imagem de fonte aberta de acesso público.

    A declaração é do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez. E eu espero que sim, que façam a proposta e que ela seja aprovada! Por cá, está tudo na mesma, graças ao gosto dos valentes portuguesinhos por mais uma hora de permanência na cama.


    *

    E, como em tudo, agora, lá vem a defesa do regime actual (duplamente: o actual regime político que mantém o estúpido regime de mudança da hora, a "hora legal" porque não mudar será ilegal...), numa intervenção de manutenção do "status quo". No "Correio da Manhã", para variar. Basta o título, porque o resto (o texto) é de uma indigência assustadora, tal como a argumentação da "especialista" citada.







    (Imagens de fonte aberta de acesso público.)

    domingo, 19 de outubro de 2025

    A verdade manhosa de Vítor Marques: 2321 votos a menos não são 423 votos a mais


    Sejamos bem claros: isto é uma verdeira mentira. E quando é o próprio chefe do Vamos Mudar, que é agora outra vez o presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, a dizê-lo, a mentira é mais grave.

    Vejamos: 



    Imagem de fonte aberta de acesso público.



    Este quadro, feito por mim a partir dos dados oficiais, mostra o número de votos obtidos pelo Vamos Mudar (VM) e pelo PS nas eleições de 2021: o VM teve 9037, o PS teve 2474.



    Nas eleições do passado dia 12, a candidatura do VM teve 9460 votos. Se ficássemos só por aqui, o que seria um lamentável exercício de desonestidade intelectual, seria verdade que o VM (mas só enquanto "percepção") teve mais 423 votos do que em 2021. 

    O que estraga o discurso falso de vitória de Vítor Marques é que a candidatura de 2025 do VM incluiu o PS. E, em 2021, o VM e o PS tiveram, no conjunto, 11 781 votos. E, no passado dia 12, o VM e o PS tiveram, no conjunto, os tais 9460. Ou seja, menos 2321 votos!

    É certo que o PS, humilhado na submissão a Vítor Marques, andou sempre caladinho. Mas também é certo que todos os eleitores sabiam que o desaparecimento do PS dos boletins de voto em Caldas da Rainha se deveu a essa subjugação, decidida pelos chefes locais do PS para poderem ter umas migalhas do poder. 

    Portanto: é uma mentira, e bem descarada. E. em política, as mentiras deste jaez costumam pagar-se bem caras.



    A realidade das freguesias

    E, com atraso, uma nota sobre os resultados nas freguesias na sequência do que aqui já escrevi sobre as eleições de 12 de Outubro: na União das Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, o VM ganhou.

    Só que esta candidatura, em que voltou a aparecer o mesmo presidente de junta, teve votações diferentes. Em Santo Onofre, a zona citadina da União de Freguesias, o VM terá ganho. Mas na Serra do Bouro, a zona rural da União de Freguesias, foi a coligação PSD/CDS (AD) que ganhou. Aqui, no que só pode ser lido como uma rejeição da atitude do Vamos Mudar relativa ao interior do concelho, a AD teve 139 votos e o VM 101. 

    Como é que terá sido nas outras duas freguesias (a outra união de freguesias da cidade e do campo) onde o VM ganhou?




    quinta-feira, 16 de outubro de 2025

    O delírio dos rotos

    Não é uma questão filosófica, nem política, nem histórica. É, apenas, uma questão de ordem prática e, talvez ainda mais, humanitária. 

    No conflito militar que se desenrola na Ucrânia, é a Rússia que está a ganhar. E que vai triunfar, quando todas as contas estiverem acertadas, no rio Dniper, em Kiev ou em Odessa. Ou em todos estes pontos.

    Depois de uma ofensiva quase simbólica em Fevereiro de 2022, a Rússia tem enfrentado uma verdadeira coligação internacional, que tem a NATO como estado-maior e os ucranianos como "carne para canhão". E está a vencer. A conquistar terreno, a desgastar as forças militares que se lhe opõem, a liquidar os soldados ucranianos "down to the last Ukrainian" (nas palavras delirantes do senador americano Lindsey Graham), a destruir a Ucrânia como Estado. 

    Um político racional ou inteligente ou patriótico, ou que fosse tudo isto, já teria, pelo menos desde 2023, optado por dialogar com a Rússia e por encontrar uma saída negociada para este conflito. Mas não é o que fazem os chefes políticos da União Europeia, dos EUA e da NATO. E, à medida que o tempo passa, o que fazem e o que dizem alcança um grau de delírio que, se não contribuísse para o risco de uma guerra à escala mundial e para o declínio económico dos seus países, só poderia ser recebido com gargalhadas.

    Mark Rutte, o holandês que foi parar à chefia da NATO, é um dos exemplos dessa loucura e estes momentos, numa reunião recente da sua organização, revelam a sua total incapacidade e impreparação. Já se lhe tinha visto o nível quando disse que os países do Sul europeu gastavam dinheiro na versão nórdica de "putas e vinho verde" e percebeu-se como podia ser um "chaser" perante um "bear" como Trump. Numa coligação de rotos, ele é o roto-mor.


    Imagens de fonte aberta de acesso público.


    Mas o delírio destes idiotas perigosos não se manifesta só nas palavras, infelizmente. 

    Está, bem visível, no armamento que atiraram directamente para os campos de batalha da Ucrânia, e que por lá foi ficando. E, menos visível, no dinheiro que também para lá foi atirado: mais de 200 mil milhões de dólares. 

    Nada disso impediu a derrota da Ucrânia e parte do que para lá foi deve ter ido parar (directa ou indirectamente) aos bolsos dos governantes e dos oligarcas locais.

    E insistem, claro. O dinheiro não é deles e, pelo que parece, os povos dos países em que eles mandam ainda não perceberam as consequências destes desvios de fundos essenciais para as suas políticas sociais. Ou, então, continuam a aceitar alegremente as narrativas que lhes chegam, pela mão da imprensa oficial e de muitos "especialistas", e que são determinadas por Kiev.

    Portugal, com a sua triste história de bancarrotas e de fragilidades sociais, não se exime ao circo dos delirantes. Tomem lá mais 50 milhões de euros, decretou este governo. O Estado Social português é rico.


    O esquema onde este dinheiro se perderá é, agora, mais refinado. Boa parte desse dinheiro vai para as empresas de armamento americanas a quem os países europeus vão (quando as houver...) comprar as armas que vão ser perdidas, desviadas ou destruídas nos campos de batalha ucranianos.

    E para quê? Um dia talvez se possa saber se este delírio foi apenas fruto de políticos dementes ou se tinha algum objectivo mais pessoal.





    quarta-feira, 15 de outubro de 2025

    Só o vento nos salvou

    A Serra do Bouro, a região de Caldas da Rainha onde moro, foi ameaçada por um incêndio que podia ter destruído casas e pessoas, num ímpeto imparável que só foi travado pelo vento e que empurrou as chamas para Norte, por cima da vegetação seca da costa atlântica.

    Foi em 15 de Outubro de 2017 e, acabadinhos de sair das eleições autárquicas, nem o presidente da Câmara Municipal, Tinta Ferreira, nem o presidente da Junta de Freguesia, Jorge Varela (hoje, lamentavelmente, vereador), tiveram qualquer gesto de preocupação e/ou de atenção para com aqueles que estavam, e que foram, ameaçados pelo fogo.

    Não me esqueço dessa noite, não me esqueço da atitude dessas duas pessoas. Podia ter morrido, com a minha família, como muitos outros. Só o vento nos salvou.






    segunda-feira, 13 de outubro de 2025

    A vitória manca do Vamos Mudar em Caldas da Rainha


    Não há proclamações, gestos ou festas que consigam esconder a vitória muito manca que o partido unipessoal do presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, Vítor Marques, obteve: o Vamos Mudar teve só mais 140 votos do que o seu principal adversário (a coligação PSD/CDS), ganhou só mais 423 votos do que em 2021 e perdeu na Assembleia Municipal (perdeu um lugar, ficando com 8, enquanto o PSD e o CDS ganhavam 10 lugares, mais um do que em 2021). 

    Por muito que os devotos de Vítor Marques rejubilem, na expectativa de apanharem mais umas migalhas ao longo dos próximos quatro anos, as coisas mudaram e a arrogância de Marques, que mandava os eleitores acreditarem nele, pode ter pela frente alguns obstáculos difíceis. A começar pela Assembleia Municipal, onde o presidente deverá ser o antigo presidente da Câmara Municipal, Fernando Costa, número um da lista do PSD e do CDS para este órgão municipal.

    Nestas eleições, que podem ser analisadas mais em pormenor a partir dos quadros em baixo, retirados do site do Ministério da Administração Interna, há mais três elementos dignos de nota:

    A extinção do PS - O PS de Caldas da Rainha prostituiu-se festivamente ao Vamos Mudar na esperança de chegar ao poder. Em 2021 ainda tinha encontrado 2724 eleitores em Caldas da Rainha. Agora, que se perceba, os seus eleitores desapareceram, pelo menos enquanto eleitores do PS. E nem se pode pensar que os 423 votos ganhos pelo partido do presidente da Câmara em quatro anos são tudo o que conseguiu obter do PS.

    A ascensão do Chega - O Chega chegou à terceira posição e conseguiu um vereador e três lugares na Assembleia Municipal. Só no que se refere à Câmara Municipal, passou de 646 votos em 2021 para 2871 votos em 2025. Se os seus representantes trabalharem nos órgãos para que foram eleitos, é natural que o resultado melhore nas próximas eleições. 

    Os micro-partidos - Destas eleições, e neste concelho (e considerando apenas a eleição da Câmara Municipal), saiu um quadro partidário em duas velocidades. Há um campo com três grandes partidos: o PSD (com o CDS), o Vamos Mudar (que é para todos os efeitos, um partido político). E há um campo com cinco partido: Iniciativa Liberal, ADN, Livre, PCP e BE. No primeiro campo estão 21 651 eleitores e, no segundo, apenas 2624. Os eleitores são, no total, 45 736, tendo havido 45,09 por cento de abstenção.














    Freguesias: PSD - 9, VM - 3


    Na eleição das Assembleias de Freguesia, cujos resultados podem também ser obtidos no mesmo site, o VM foi claramente derrotado.

    O PSD, geralmente em coligação com o PSD, ganhou em nove e o VM ganhou apenas três. Destas, duas são na cidade capital do concelho (e Marques foi presidente de junta numa delas) e uma é do interior. O desprezo com que a Câmara Municipal do VM tratou o interior teve o devido castigo e é pena que não se possa fazer a destrinça dos votos das Uniões de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro e Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório para saber como terão votado os eleitores das zonas rurais destes acasalamentos de freguesias. 

    Quanto à Foz do Arelho, perdida pelo grupo de independentes que teve o apoio interesseiro do VM, poderá dizer-se que uma escultura com a aparência de um corpo celestial não resolveu as dúvidas terrenas sobre o comportamento do seu principal inspirador.






    domingo, 12 de outubro de 2025

    Carlos Branco de novo na televisão... mas agora na Now

    Escrevi, aqui, em pormenor sobre a saída do major-general Carlos Branco da CNN nacional. É altura de assinalar o seu regresso à televisão, desta vez no canal Now (que parece estar melhor, em termos de púbico, do que a CNN tuga) e a partir de hoje às 14 horas.

    Com espaço próprio, e podendo escolher os seus temas à vontade, Carlos Branco mostra que a capacidade de resistir à pressão das televisões ainda é um elemento fundamental, decidindo, por si próprio, o que quer fazer.


    A notícia, da própria Now, pode ser lida aqui
    Imagem de fonte aberta de acesso público.






    Chico-espertice


    O presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, candidato de novo ao cargo e chefe do partido unipessoal Vamos Mudar, arranjou maneira de contornar as limitações à propaganda eleitoral no dia de ontem e, há 16 horas (o que dá o meio da tarde de ontem, contadas as 16 horas a partir das 7h20 de hoje, domingo, hora a que escrevo), publicou no Facebook um vídeo de autopromoção. 

    O pretexto é o seu aniversário que, confessa o próprio, é em Agosto...






    sábado, 11 de outubro de 2025

    Não está cá

    Activíssimo durante o dia, o jovem Alex cai profundamente no sono depois do entardecer e já de barriga cheia. Nunca vi um cãozinho assim, tão alheado do que se passa à sua volta... até acordar outra vez. Até parece que nem está cá.







    O dia da treta

    Mais uma vez: tudo o que é propaganda, e relacionado, das várias candidaturas às eleições de amanhã está nas redes sociais, de toda as formas e feitio; os cartazes e demais materiais estão todos, ou quase todos, por aí; os folhetos não desapareceram à meia-noite de hoje. 

    Mas, no dia de hoje, a imprensa faz a triste figura de omitir tudo o que é política nacional e eleições porque... não se pode perturbar a "reflexão" do eleitorado.

    O "dia da reflexão" até se podia justificar há dezenas de anos. Hoje é um anacronismo, uma treta institucional, uma cretinice a que nenhum político ousa pôr termo por motivos que nunca nos explicam.

    Não têm noção do ridículo? Que tristeza de país e de políticos...






    sexta-feira, 10 de outubro de 2025

    Eleições de 12 de Outubro de 2025 em Caldas da Rainha (2): os meus votos

    É em Hugo Oliveira e em Fernando Costa que votarei no dia 12
    para a Câmara Municipal e para a Assembleia Municipal de Caldas da Rainha


    Talvez mais atento às coisas da política local do que os próprios políticos locais, defendi desde muito cedo que só o PSD, com uma boa concentração de votos, será capaz de afastar o actual presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, Vítor Marques, e de derrotar o partido unipessoal que este empresário criou para se promover.

    E defendi também que Hugo Oliveira devia ser, como agora é, o candidato à presidência da Câmara Municipal de Caldas da Rainha que poderia estar em melhores condições para alcançar esse objectivo. Fernando Costa, o antigo presidente da câmara, também o poderia ser, mas, recuperando agora uma capacidade de intervenção muito dinâmica, está muito bem como futuro presidente da Assembleia Municipal.

    Hugo Oliveira e Fernando Costa encabeçam as listas da AD (PSD-CDS) para a Câmara Municipal e para a Assembleia Municipal de Caldas da Rainha, respectivamente, e é neles que votarei como eleitor e na perspectiva do "voto útil": é essencial que todos os opositores da gestão catastrófica de Vítor Marques ponham os seus votos na candidatura da AD à Câmara Municipal. 

    Não posso, porém, deixar de salientar aqui uma impressão muito negativa que, no entanto, não impede o meu voto: a presença, como n.º 2 da lista para a Câmara Municipal do ex-presidente da União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro (que fugiu da cena política há quatro anos) é uma mancha demasiado negra na candidatura do PSD. Espero, muito sinceramente, que a presidência da Câmara Municipal não lhe venha a cair nas mãos. 


    É isto: uma nulidade que está a mais numa candidatura necessária




    Para a Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro já não votarei, no entanto, na AD. Gostei do programa com que se apresentou o candidato do Chega, Daniel Grazina, e é nele que votarei.

    E espero que os "meus" candidatos ganhem. Este concelho, para onde vim há mais de vinte anos, precisa da intervenção de Hugo Oliveira, de Fernando Costa e de Daniel Grazina. 


    É em Daniel Grazina, do Chega, que votarei no dia 12
    para a União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro




    quinta-feira, 9 de outubro de 2025

    Eleições de 12 de Outubro de 2025 em Caldas da Rainha (1): quatro pormenores

     

    O oportunismo de Vítor Marques e a cobardia do PS - O VM comprou o apoio do PS e o PS, que já desistiu de existir em Caldas da Rainha, vendeu-se ao poder. 

    O primeiro outorgante dá ao segundo alguns lugares à mesa do repasto do poder e o segundo outorgante vende a sua dignidade por esses lugares. Não é garantido, no entanto, que os votos do PS cheguem para dar a vitória ao VM, o que não deixaria de ser uma derrota em grande para esta aliança. 

    Convém olhar para os números das eleições mais recentes com olhos de ver para perceber que os 10 mil votos de cuja propriedade já se arroga o chefe do VM não são, garantidamente, seus.


    A concentração de votos dos eleitores mais fiéis do PSD e do CDS e de outros eleitores e uma possível dispersão de votos dos eleitores órfáos do PS podem deixar o VM em má posição


    Inutilidades - Há mais seis candidatos à presidência da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, além dos dois principais concorrentes, Hugo Oliveira (AD) e Vítor Marques (VM): Carlos Barroso (ADN), Carlos Ubaldo (BE), Carlota Oliveira (IL), Duarte Raposo (PCP), João Arroz (Livre) e Luís Gomes (Chega). 

    Nas oito páginas que o "Jornal das Caldas" lhes dedica na edição desta semana, com as mesmas perguntas a todos, percebe-se que, com o devido respeito pelos mecanismos da democracia, cinco candidaturas são inúteis. Vieram às eleições porque tinham de vir, para os seus partidos fazerem prova de vida. Nunca chegarão ao poder neste concelho. As suas respostas ao questionário do jornal são feitas de banalidades e, ao ler algumas delas, até se pode pensar que nem sabem do que estão a falar. 

    Já Hugo Oliveira, Vítor Marques e Luís Gomes estão mais à vontade e percebe-se que conhecem o concelho e os seus problemas. Dos três, mas julgo que sem estar em posição de ganhar, a candidatura do Chega e de Luís Gomes é uma boa surpresa e, ao contrário do que tende a dizer-se, o Chega apresenta-se a estas eleições com um bom programa e candidatos que parecem pensar pelas suas cabeças.


    Programas - Confesso que não conheço os programas de todas as candidaturas. Não os procurei e os poucos elementos que vi chegaram-me, aleatoriamente, pelas redes sociais e pelos vídeos de alguns dos candidatos e, até, pelas respostas dadas ao questionário do "Jornal das Caldas". Pus-me, em certa medida, no papel do eleitor mais desatento, a quem é necessário fazer chegar os programas eleitorais. Se é que as respectivas candidaturas acham que isso é relevante, claro. E quase nada me chegou.

    Do que vi, como já escrevi, gostei do programa do Chega, achei bastante sólido o que vi do programa da AD (com o deslize delirante da reivindicação de uma faculdade de Medicina para o concelho, que é um disparate absoluto!...) e fiquei estarrecido com a ênfase dada pelo VM à necessidade que o eleitorado tem de "acreditar" nele. Ou seja, não se deve votar no VM pelo seu programa (e, bem, o de 2021 só terá sido cumprido em 30 por cento) mas por "acreditar" no seu chefe... Nunca tinha visto nada assim. O VM passou de partido unipessoal a seita religiosa?


    A questão do novo hospital do Oeste - Não há ninguém que consiga fazer isto como deve ser? Um governo do PS decide que é no concelho do Bombarral para favorecer o PS local. O PS de Caldas da Rainha faz-se de mouco. O presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha reivindica o hospital no "seu" concelho e exclui conversas com os restantes concelhos vizinhos. O governo do PSD (e CDS) suspende a decisão e diz que é preciso fazer mais um estudo (a cobardia política dos estudos e dos "especialistas" que servem de escudo aos governos medrosos), numa decisão que parece feita à medida das candidaturas do PSD na região. Os partidos de Caldas da Rainha interpretam, ou não, a decisão como lhes dá jeito. E, entretanto, não há hospital.






    quarta-feira, 8 de outubro de 2025

    EDP/e-Redes: a Crónica das Trevas (121): um telefonema cretino

    Reclamei, no pomposamente chamado "Balcão Digital" da e-Redes, a respeito da sucessão de apagões que andamos a sofrer na zona onde resido. São situações de avaria(s) na rede pública de abastecimento de elctricidade, ou seja, na iluminação pública.

    Recebi depois um telefonema que é praticamente impossível não classificar como cretino. O tipo que me fez o telefonema insistiu comigo que telefonasse para o "Apoio ao Cliente", recusando-se a considerar que os apagões que eu registei foram na rede de iluminação pública. 

    O telefonema, cretino, não acabou bem e reitero o que foi a minha resposta final:









    terça-feira, 7 de outubro de 2025

    O falhanço da gestão municipal do Vamos Mudar (11): afinal, é tudo uma questão de fé!...

    Olha-se para a campanha do Vamos Mudar e o que nela se vê é um vácuo que impressiona. Mas não admira: a grande obra que sai destes quatro anos é uma intervenção duvidosa numa rua e o resto é uma questão de fé. "Acreditar" ("Caldas acredita") é o programa do presidente do município, Vítor Marques, e dos seus seguidores.

    Apresentada como obra muito importante, a intervenção municipal na Rua da Estação, numa zona quase central da capital do concelho de Caldas da Rainha, é um fracasso. Havia um só sentido e estacionamento ao longo do passeio. Ao cabo de muitos meses, fizeram uma rua de dois sentidos, estacionamento em espinha num dos lados e espetaram meia-dúzia de árvores jovens sem qualquer dispositivo de rega. E é isto.


    A grande obra do regime de Vítor Marques...




    ... é esta tristeza: árvores que vão demorar anos a crescer, ausência de rega (ou seja: sem água), nem um único banco e um gradeamento cujo aspecto podia ter sido suavizado com uma sebe. 


    Mas, numa demonstração inequívoca da mesquinhez política desta gente, a rua foi objecto de inaguração em grande estilo. É o marketing a trabalhar, claro.

    A já tradicional procissão em honra de São Vítor Marques. Só lhe falta um andor.

    Esta obra é o que de mais palpável existe no balanço que se pode fazer da gestão do Vamos Mudar. Além do bloqueio de uma rua de acesso a uma rotunda que era só temporário e que ficou com barreiras de plástico eternas e o alargamento pouco lógico de uma estrada. Mas para fracassos não há marketing que chegue. 

    Há quem diga que o programa com que o Vamos Mudar se apresentou às eleições de há quatro anos ficou por cumprir na sua quase totalidade. Interessa pouco, no entanto. Basta atendermos ao nome da coisa "vamos mudar", para verificarmos que, na realidade, nada mudou. Salvo no estilo da intervenção política.

    Há, na campanha do Vamos Mudar, uma vertente de marketing e de comunicação política como não tenho visto noutras eleições municipais. Não sei se quem a faz são os muitos "especialistas" contratados pela Câmara Municipal, qhe fechou as contas de 2024 com um défice de 1,7 milhões de euros, do Vamos Mudar (assunto a que aqui me referi, a partir de notícias publicadas pelo "Jornal das Caldas"), mas nota-se como a campanha foi organizada. A este ponto: à falta de programa e perante notícias e suspeitas negativas, exige-se aos fiéis que "acreditem". Não têm dinheiro para o pão? Comam brioches. 

    Ou seja: bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus. E o Reino dos Céus deste aprendiz de Donald Trump é a possibilidade de oferecer um lugarzinho na estrutura de pagamentos do poder municipal aos seus fiéis mais devotos...


    Acreditem...