domingo, 24 de dezembro de 2023

Ler jornais já não é saber mais (198): como o "Observador" alinha com a desinformação

 


Um jornal de pouca credibilidade, o alemão "Bild", afirma, a partir de uns genéricos "serviços secretos europeus", que a Rússia vai "atacar" a Europa no "Inverno" de 2024.

O jornal ucraniano "The Kyiv Independent", fiel porta-voz do governo de Kiev, amplia a coisa, porque dá jeito, para encher a narrativa da mão estendida do presidente comediante e para tentar recuperar os favores da opinião pública europeia.

E o excelso "Observador" tuga, cujo rigor jornalístico desandou há vários anos para parte incerta, dá um destaque desmesurado à coisa sem perder um segundo que seja a interrogar-se sobre o grau de veracidade da "notícia".

A começar pela falta de idoneidade da fonte original e a acabar na estranha certeza de que a Rússia, que se dizia ser tão pobre, seria capaz de sobrecarregar ainda mais a sua economia e a sua população para abrir directamente uma segunda frente de confronto, e com data marcada (daqui a 12 meses!) contra a NATO. E numa situação absurdamente fictícia, que até inclui a não menos absurda previsão de um vazio de poder nos EUA entre a eleição de um novo presidente (que já não seria Biden) em Novembro e a tomada de posse do novo presidente (que seria Trump) em Janeiro! Até parece que querem sugerir que o tal "ataque" se dará se Biden não for reeleito... para irmos todos a correr votar no velhinho.

Nada mal, para um órgão de (des)informação que até tem uma secção destinada a combater e a castigar os que espalham informação que não é verdadeira...



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