sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Ler jornais já não é saber mais (152): títulos de merda

Aprendi, como jornalista, e, antes disso, a olhar para as primeiras páginas dos jornais nas bancas, que os títulos deviam ser curtos, bem escritos e informativos. Porque era necessário fixar, e com qualidade de escrita, a atenção do potencial comprador de jornais.

Não é o que hoje acontece. Que os próprios expliquem a sua opção, se quiserem.



CNN Portugal, 27.07.2022: os termómetros como armas de fogo.





CNN Portugal, 4.08.2022: informação, pergunta, contraditório, aviso... Uma confusão.





CNN Portugal, 5.08.2022: pergunta, resposta do tipo "nim", uma opção de escrita que nada tem a ver com o jornalismo. Mais uma confusão...






CNN Portugal, 10.08.2022 e 15.07.2022: não faz sentido, num título para ser lido, o "repetimos". Quem lê pode ler várias vezes. Seria (mais) inteligente destacar apenas o número: 9,1 ou 47. O "repetimos" é estúpido.






CNN Portugal, 22.07.2022: a velocidade do som, em padrão, é de 1234,8 km/h; uma aeronave que se desloque a 400 km/h (sem "s" nos "km"!) não será supersónica mas subsónica...





CNN Portugal, 25.07.2022: se calhar, elas é que sabem, não?...





CNN Portugal, 31.07.2022: faz sentido? Nem dá vontade de ir ler!





DN, 19.07.2022: o primeiro-ministro comeu os chefes militares ao almoço. E eles gostaram de ser comidos?...





i, 8.08.2022: é possível imaginar que os relâmpagos, um fenómeno da natureza mais antigo do que a vida, estariam ligados às "alterações climáticas"?!





Jornal das Caldas, 13.07.2022: as 13 mil horas foram contratadas, não "contratados". Deve ser um problema de identidade de género.






Sapo, 6.08.2022: isto significa, literalmente, que a tenente-coronel foi separada do estado, ou qualificação, de "Heroína do Povo". Parece que foi, sim, homenageada. Traduzem com os pés e escrevem com as unhas dos dedos dos pés...




Visão, 5.07.2022: claro que "há imagens disso"... ou as fotografias não ilustrariam a notícia!






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