segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Como se fossem animais de tiro

Uma das coisas que mais me irrita, nesta pacatez geral da província (que acontece com maior frequência fora da cidade que é a capital do concelho), é o comportamento imbecil e grosseiro dos cabrõezinhos, normalmente velhos egoístas que pensam que é tudo deles, que páram as viaturas em qualquer lado, no meio da estrada, em cima das passagens de peões, onde calha, obstruindo as vias e causando dificuldades a quem circula.

Não os poupo na buzina.

E se há quem levante uma das patas dianteiras em jeito de pedir desculpa, a maioria também buzina, a protestar.

Normalmente, mostro-lhes o dedo do meio da mão esquerda ou berro-lhes um insulto. Mas a minha vontade, confesso, e ciente de que violaria as leis instituídas se o fizesse, é parar o carro, ir ter com eles e arrancá-los de lá dentro para lhes esfregar o focinho no chão.

Não sei se é assim que se disciplinam os animais de tiro, que puxam carroças e páram onde podem, mas sempre será melhor do que disciplinar estes imbecis à vergastada.



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