As dúvidas, as divergências relativamente ao discurso oficial e as vozes críticas escondem-se, quando não se podem silenciar.
Dois exemplos, deste fim-de-semana.
No semanário "Novo", velho de vícios por muito que não o queira parecer, o que de mais importante diz Joana Amaral Dias, activista política e social e psicóloga clínica, não é puxado para título principal nem para destaque. E o que ela diz, e presume-se que com conhecimento directo, é isto: "a primeira causa de morte entre crianças e jovens em Portugal é o suicídio (...) Temos um aumento drástico de problemas relacionados com perturbações da ansiedade, ataques de pânico".
Não foi o que o "Novo" quis destacar. Não achará importante. Digamos que esta opção também é uma boa "cabritice".
Por seu turno, no "Nascer do Sol", mas num espaço de opinião mais personalizado, o quase sempre perspicaz José António Saraiva levanta outro tipo de dúvidas, neste caso sobre a vacinação.
E comenta: "Temos a estranha sensação de que somos bombardeados diariamente com propaganda -- ao mesmo tempo que dúvidas importantes permanecem por esclarecer. E que muitas acusações de 'negacionismo' se destinam exatamente a calar as perguntas incómodas e impedir esse esclarecimento".
O "Nascer do Sol", naturalmente, não quer ir por aí e prefere a penumbra do obscurantismo.
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