sábado, 4 de dezembro de 2021

"Afeganistão: Episódios de uma Guerra Perdida", de Carlos Branco



O Afeganistão é, infelizmente, uma presença demasiado permanente no nosso horizonte mediático para que se lhe seja prestada a devida atenção. É um tema fugaz feito de assuntos fugazes (invasão, ocupação, guerra, terrorismo, o Islão, os Talibãs) que não dão grande espaço para se perceber o que tem acontecido, e porquê, ao longo de décadas.

O major-general Carlos Branco, um dos oficiais-generais portugueses que sabem pensar, falar, explica e escrever, foi porta-voz do comandante das forças da NATO no Afeganistão e da respectiva Força Internacional de Assistência de Segurança, foi director da Divisão de Cooperação e Segurança Regional da NATO, em Bruxelas, é investigador do Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa e investigador-associado do Instituto da Defesa Nacional. E fez o seu serviço militar nos Comandos.

A sua experiência e os seus conhecimentos, bem como todo o seu trabalho teórico anterior, deram-lhe as "munições necessárias" para analisar tudo o que aconteceu no Afeganistão e as guerras que aí foram travadas e perdidas pela União Soviética e pela coligação ocidental encabeçada pelos EUA. É o que faz nesta sua obra, entre a abordagem dos conceitos e das práticas militares e a evolução política de um país onde, como sublinha, não foi possível passar directamente de uma sociedade tribal e pré-moderna a uma democracia de estilo ocidental.

"Afeganistão: Episódios de uma Guerra Perdida" (Instituto da Defesa Nacional, Novembro de 2021, 242 págs.) é um trabalho esclarecedor sobre o Afeganistão, concebido e escrito com precisão militar. A explicação de tudo o que tem acontecido está integralmente aqui.


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