Este uso frenético e estúpido dos trapos na cara impressiona-me. Não é só o seu uso nas ruas, ao ar livre e dentro dos carros de cada um, coisa que nem sequer é obrigatória.
É o modo como há quem, voluntariamente, use essa espécie de açaime em circunstâncias onde, até, estas máscaras são desaconselhadas, como se vê nos ginásios.
Suponho que toda a gente percebe que está a inalar o ar que acabou de expelir. Esse ar que expelimos tem substâncias que não são benéficas para o organismo. Ainda por cima, a máscara cria um ambiente fechado de humidade e de porcaria vinda do exterior que é prejudicial à pele e aos tecidos internos do organismo. Já é estúpido obrigar as pessoas a usarem a coisa durante horas a fio, enquanto trabalham. Mas, depois, vê-las a insistir na estupidez quando ninguém as obriga... e quando podem (e devem) beneficiar do ar que nos rodeia...
Esta adesão a uma coisa que é tão eficaz como uma hóstia na defesa contra um vírus, que agora está endémico e que, em geral, é inofensivo (vejam os números e as idades das mortes!), diz bem do grau de submissão, de medo e de estupidez que se revelaram neste povo.
A Inquisição, o autoritarismo do Estado Novo e a sujeição à campanha de medo da horrenda imprensa e de um Estado travestido de figura paterna só me fazem pensar, e cada vez com maior convicção, que o 25 de Abril foi uma inutilidade, um desperdício e uma ilusão, nos propósitos e no resultado.
Este povo não quer, nunca quis e nunca quererá ser livre.
Esta sondagem ("JN", 16.12.21) diz tudo: 47 por cento dos inquiridos acha que as medidas tomadas pelo Governo "deveriam ser mais rígidas". |
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