Quem visite o site do que agora se chama Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) não decifra facilmente os "alertas" coloridos que se banalizaram desde que foram adoptados pela imprensa.
Sabe-se dos "alertas amarelos" e dos "alertas laranjas" (os mais comuns), não me lembro de ouvir falar em "alerta vermelho" (mas é natural que já tenha sido usado por ser o mais excitante) e do "alerta verde" (se há....) nunca ouvi falar. É possível que a explicação esteja aqui mas nada o garante.
O certo é que os "alertas" se tornaram coisas banais e parecem, até, ter substituído qualquer tipo de notícia sobre o estado do tempo.
É mais fácil dizer que a região X "foi posta sob alerta amarelo" do que dizer que pode chover na mesma região X.
A banalização atingiu ontem o paroxismo com a polémica entre um responsável (é como se costuma dizer...) da câmara de Lisboa a dizer que o IPMA forneceu um "alerta" com a cor errada e o IPMA, pelos vistos, a amuar em versão "alerta laranja" para uso interno.
Como as circunstâncias são sérias (as imagens da capital devastada pela chuva e os muitos prejuízos que hão de ter sido provocados), seria melhor que o debate, sempre útil, fosse feito com alguma maturidade e não com infantilidades coloridas.
Sem comentários:
Enviar um comentário