A relativamente recente vaga de zombies no cinema (e na literatura) deixou muito boa gente de cara à banda.
Os zombies são seres sujos e ameaçadores, com o péssimo hábito de quererem devorar pessoas. Ou seja, nada que se recomende fora do cinema e da literatura que se considera menor, apesar de exemplos maiores como, na literatura, “Cell – Chamada para a Morte”, de Stephen King (Bertrand), que é uma boa história com um final débil, “Guerra Mundial Z”, de Max Brooks (Gailivro), que é um épico notável e “Orgulho e Preconceito e Zombies”, de Jane Austen e Seth Grahame Smith (Gailivro), que é uma ousadia divertida. Obras escritas com justificado orgulho pelos seus autores.
No cinema, depois de alguns “remakes” e duas tentativas de George A. Romero de se manter como patriarca contemporâneo do género, o mais interessante, até agora, será “Zombieland”, de Ruben Fleischer, e aguardam-se “Orgulho e Preconceito e Zombies” em 2011 e “Guerra Mundial Z” em 2012 e, na televisão, “Cell” (2011).
Também para a televisão, a recentíssima série “The Walking Dead”, de Frank Darabont, chegou agora à Fox portuguesa (infelizmente, em formato 2:3, que é um hábito tonto deste canal) e revelou-se uma série bem adulta e de qualidade.
E no cinema, mas apenas em vídeo, já existe a continuação em formato de “prequel” de “Orgulho e Preconceito e Zombies”, também de Seth Grahame Smith (com o divertido título “Pride and Prejudice and Zombies: Dawn of the Dreadfuls”). O filme-anúncio pode ser visto aqui. Infelizmente, a edição portuguesa desta obra parece ter sido vítima do desprezo a que “Orgulho e Preconceito e Zombies” foi votado pelos cultores da sisudez literária. Ou seja, pelo preconceito, que é mais mortífero do que um bando de zombies esfomeados e que só se combate pelo orgulho que se põe nas coisas que ficam bem feitas. (“Guerra Mundial Z” e “Orgulho e Preconceito e Zombies” foram traduções minhas e gostei muito dos dois livros.)
(Publicado no Facebook em 3.11.10)
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