quarta-feira, 29 de novembro de 2023

A ex-pandemia no "Expresso": fracassos e uma mentira




É interessante verificar como não há "memórias" felizes ou auto-satisfeitas dos anos negros de 2020 e de 2021 em que se impuseram medidas de um verdadeiro fascismo sanitário para montar a ficção do combate a um inimigo impossível ficcional: uma pandemia que seria invencível. Não era, mas, por sua causa, e enquanto se ia transformando em endemia, paulatinamente, foram infligidos danos graves à sociedade e à economia.

Não houve entidades oficiais (do Estado à Ordem dos Médicos) ou órgão da imprensa "mainstream", devidamente subsidiada pelo Estado para agir como porta-voz das suas medidas, que fosse capaz de fazer uma análise, auditoria ou estudo retrospectivo ao que correu mal. 

E é significativo que seja esse tom pouco confiante, quase burocrático, que caracteriza as quatro páginas que o jornal "Expresso" dedicou à pandemia do vírus SARS-CoV-2 e da doença covid-19 na semana passada.

O texto é, de forma exemplar, uma confissão involuntária dos vários fracassos que acompanharam a mais sobrevalorizada de todas as epidemias que a humanidade já conheceu. A começar pelo fracasso da própria imprensa e do próprio "Expresso" onde nem foi valorizado aquilo que publicaram em LINK   e que aqui é retomado  sem problemas de consciência.

Recordemo-lo, como o próprio jornal o contou, e conta: o primeiro caso de covid-19 (assim chamada a doença por ter aparecido no ano de 2019) foi registado na China em 2019, o vírus chegou a Portugal, pelo menos, em Janeiro de 2020 e foi só em 2 de Março que foi registado o primeiro caso de infecção em território nacional.

Quando esta notícia saiu no "Expresso" (que eu aqui comentei), avançava-se que o vírus tinha estado "adormecido" e era por isso que não havia registos. Não consta que o SARS-CoV-2 andasse a "adormecer" e a "acordar". Só na ficção científica é que os vírus o fazem.

A notícia, muito significativamente, foi ignorada por toda a gente e não foram tiradas as devidas ilações. Porque não se enquadravam na versão oficial do prometido Apocalipse? É que uma delas só pode ser esta: até 2 de Março não terão sido testados os infectados nem registados como tal os eventuais óbitos causados directamente pelo vírus nem medido um possível excesso do número de óbitos relativamente aos anos anteriores. 

Se não tivesse havido a paranoia em torno da pandemia, quase encarada como se fosse o Apocalipse, o SARS-CoV-2 não teria ganho a notoriedade mediática que ganhou. Nem é preciso procurar conclusões algures para se perceber como o tom da peça publicada é melancólico, quase, quase como quem pergunta: então, aconteceu tudo... para isto?

Um fracasso presente no texto, mas ignorado como tal, foi o da vacinação como forma de imunização geral. A adesão à vacinação, com vacinas feitas à pressa e na prática experimentais, nasceu do clima de medo e da obrigação encapotada. O fascismo sanitário que vigorou em Portugal, e noutros países, quase tornou impossível a vida a quem não se vacinasse. 

É significativo que o "Expresso" vá buscar a segunda figura do sistema de vacinação e não a primeira, a do almirante que parece ter sonhado com um projecto político pessoal à conta do destaque conjuntural que teve. 

Tal como é significativo que hoje seja impossível saber se a imunização ao SARS-CoV-2 teve origem natural, nas vacinas ou numa combinação das duas coisas. Porque a pressa da vacinação indiscriminada matou a eficácia de qualquer estudo que pudesse avaliar o grau de imunização natural ("de grupo") da população que, numa escala igualmente impossível de determinar, há de ter tido muitos contactos com os coronavírus, a "família" de vírus respiratórios a que pertence o SARS-CoV-2.

Outro fracasso foi, ainda, o do fecho das estruturas do SNS, acompanhado pela glorificação estúpida dos médicos "de saúde pública" da "linha da frente", cujo papel, infelizmente, não foi estudado de forma adequada. 

Este passo, aplaudido pelos profissionais do ramo que se hoje se queixam das insuficiências do SNS (de que foram causa), levou a que ficassem por fazer rastreios, exames e tratamentos de um número incalculável de pessoas e essa negligência (que devia ter sido avaliada por uma auditoria) causou seguramente mais mortes e há de ter contribuído para o caos actual do SNS, com mais pessoas doentes e em em estado mais grave. 

Mas, enfim, os médicos e os enfermeiros da "linha da frente" tiveram muito tempo para treinar, fazer e gravar coreografias dançantes e não faltam quem não tenha arrependido, com alguns a pedirem ainda leis extraordinárias para sustentarem a discriminação, a repressão e os internamentos compulsivos de pessoas doentes. E, numa fase posterior, a sua eugenia?

Há três temas em que o texto passa ao lado. Um é o da Suécia, país que a certa altura "desapareceu" do mapa mediático porque não cumpria os preceitos do fascismo sanitário. Agora já se admite que as consequências do SARS-CoV-2/covid-19 foram menores, apesar da comparação com países vizinhos (onde, como acontece no Norte europeu, há a tendência para as pessoas se resguardarem em casa nos meses de maior frio). 

O outro é o das medidas impostas. Foram eficazes, garante-se, mas omite-se a polémica obrigatoriedade das inúteis máscaras clínicas. Tal como se omitem as consequências desastrosas do alargamento dos confinamentos, sociais e pessoais, às escolas. São pormenores sinistros que não convém, nunca, esquecer.

Finalmente, no final do texto, faz-se a comparação do costume entre a Gripe Espanhola de 1918 e a pandemia de SARS-CoV-2/covid-19. 

Como já aqui escrevi, é um erro tremendo  porque há cem anos não havia meios de tratamento imediato (ainda nem havia antibióticos, por exemplo), que a população inicialmente afectada foi a dos soldados, mal nutridos, mal alojados (amontoados nos navios de transporte de tropas, onde não havia medicamentos adequados, e nas bases e aquartelamentos), e de saúde débil. Durante muito tempo, e inutilmente, os médicos e os cientistas andaram à toa a trabalhar sobre a hipótese de a gripe ser causada por um bacilo, designado em 1892 como “Bacillus influenzae” pelo médico alemão Richard Pfeiffer. Que estava errado, porque o agente patogénico era um vírus. E este vírus, ao contrário dos bacilos, atravessava o tecido das máscaras que, também nessa altura, começaram a ser ilusoriamente usadas.


Uma mentira


O texto cita um dos "especialistas" que mais apareceu nos palcos mediáticos a derramar os seus conhecimentos de epidemiologia e que hoje deve andar deprimido por ter perdido esse benefício: Manuel Carmo Gomes.

Esta criatura, como o mostra o seu currículo oficial, não é epidemiologista. A imprensa, no entanto, apresentou-o sempre como tal. Porque era o próprio que o afirmava, mentindo, ou por simples desconhecimento?

Não pensei que fosse o próprio, que parece ser cientista, a assumir uma função que não tem, mas o "Expresso" põe em discurso directo aquilo que ele diz que é:




A autoria da mentira fica, portanto, esclarecida: foi ele, tem sido ele, a intitular-se "epidemiologista". 

Esta é a honra da "ciência" da mais sobrevalorizada pandemia da história da Humanidade.





 



FRACASSOS



MITOS



UMA MENTIRA

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Lego, Expoeste e Câmara Municipal: lixo





Não nos livramos desta merda e, agora, ao mais alto nível local com a assinatura de entidades que deviam zelar pelo ambiente e pela salubridade do concelho, como a Câmara Municipal de Caldas da Rainha e a Expoeste, que é um pavilhão de exposições gerido pela ADIO-Associação para o Desenvolvimento Industrial do Oeste, e a empresa internacional de boa reputação que é a Lego.

O procedimento é o habitual: as entidades que organizam os vários acontecimentos, que podem ser bailaricos, encontros disto ou daquilo e até o aparentemente respeitável "Caldas Fan Event", que consiste em estruturas feitas com peças da famosa Lego pelos seus fiéis mais entusiásticos, arranjam quem vá pendurar em árvores e em postes os plásticos a anunciarem as coisas. 

Mas, depois, não os retiram.

O resultado está, sempre, à vista: os plástico ficam a degradar-se durante semanas, meses e até anos, espalhando-se os seus pedaços por todo o lado. O material fica a misturar-se com a natureza e com o ambiente.

Neste caso, onde as entradas eram pagas, quem lucrou com o "Caldas Fan Event" nem sequer esteve para gastar alguns euros na limpeza do que mandaram pendurar. 

O amor ao dinheirinho é muito, o amor ao ambiente é do mais reles que existe.






Eis as restantes entidades que, apoiando a coisa, têm o seu nome associado ao lixo espalhado por aí:

Mundo dos Tijolos

ADN Comunicação Global

LogiQueen/Transwhite

Leroy Merlin

Pensar Fora da Caixa   

Rádio 94.2 Oeste

91 FM Rádio

Gazeta das Caldas

Jornal das Caldas

TopAtlântico

SupimpaKids

Restaurante Lisboa

McDonald's


Estarão de acordo com isto?!




sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Um monumento ao fiasco do grupo "Vamos Mudar" (e não só)


Em 15 de Agosto, apenas há três meses, foi inaugurada uma escultura na Serra do Bouro (Caldas da Rainha) com pompa, circunstâncias, comes e bebes, padre e missa e a presença do lamentável presidente da Câmara Municipal.

O presidente da União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, membro do mesmo grupo do presidente camarário ficou excitadíssimo com a coisa, onde enfiou 24 mil euros e cuja execução parece ter sido oferecida a Carlos Enxuto, artista local que parece ser especialista em cerâmica mas não em ferro, material de que é feita a obra.










Como se pode ver pelas imagens, o material era escuro. 

Acontece que, em apenas três meses, a estátua ficou... castanha.

Pintaram-na? Não. Está ferrugenta. O ferro está totalmente ferrugento. O que, aliás, não admira, atendendo à relativa proximidade do mar (talvez a cerca de quilómetro e meio), à intensidade da humidade da região e à chuva que caiu nas últimas semanas.

O ferro pode ser devidamente tratado para resistir melhor às intempéries. Mas, aqui, não foi, visivelmente, o caso. E porquê? É mais uma pergunta para uma situação onde, aliás, são muitas as dúvidas que o presidente da união de freguesias se recusa a esclarecer.







E agora, como é? Fica assim, transformada a "homenagem" que a escultura quis ser num monumento ao fiasco absoluto da quadrilha?



quinta-feira, 16 de novembro de 2023

A sós no mundo



Às seis e meia havia uma promessa de sol. Às nove e meia o céu foi, todo ele, conquistado pelas nuvens. Não de chuva, parece-me, mas de simples humidade, cuja concentração pode ter sido favorecida pela temperatura amena que às vezes se faz notar.

Toda a região que consigo ver no passeio que dou, durante cerca de quarenta minutos, está coberta por este espesso manto acinzentado, transformando-se noutra, quase desprovida de vida.

É uma hora a que já há poucos carros em movimento, depois de terem sido levadas as crianças à escola ou feita a deslocação para o emprego, e em que já deram os seus passeios as poucas formas de vida inteligentes que aqui residem e que passeiam os seus cães. É um sossego absoluto em que também são poucas as aves que se fazem ouvir, porque estas mudanças de tempo parecem, muitas vezes, silenciá-las.

É como se estivesse sozinho neste mundo, mas felizmente apenas na boa companhia da Elsa, que é agora a chefe da minha reduzida matilha. É um dos encantos deste meu agradável e afortunado exílio do mundo.



terça-feira, 14 de novembro de 2023

Paack: mentiras e falsificação


Já vi pessoas e empresas a mentirem, por vezes na versão mais suave que é "faltar à verdade".

Mas nunca vi nada como aquilo que passei com a estranha empresa de distribuição Paack, onde as mentiras, o descaramento e a falsificação se sucederam em poucos dias. Já me parecera que esta empresa não era de fiar, como aqui escrevi, mas... desta maneira?!

Vejam só.

Feita uma compra à Zooplus, uma empresa de produtos para animais com sede nos Países Baixos, que até tem funcionado bem, calhou ir a encomenda parar à Paack, com entrega prevista para dia 30 de Outubro.

Nesse dia, à noite, e infelizmente não tenho aqui o "print" do ecrã, informaram-me que eu não estava na morada da entrega. Mas até estava, e acompanhado.

No dia 31, a situação repetiu-se. Não estava ninguém na morada de entrega, informaram. Mas até estava.




A entrega seria feita no dia 2 de Novembro, anunciaram. E até me anunciaram que a encomenda foi realmente entregue no dia 2. Só que... não foi!



Sem a encomenda, feita a devida reclamação à Zooplus, quis tirar a limpo o que se passava e pedi à Paack que me fornecesse prova da entrega. A metodologia de entrega das distribuidoras é definida por elas, mas nenhuma pode deixar de fornecer prova da entrega. Salvo se a vigarice for tão grande que...

E a Paack lá forneceu a "prova". Esta "prova", numa reiterada afirmação de vigarice.




E que há vigarice nisto mostra-o o facto de a "assinatura" fornecida pela Paack ser...um risco vertical junto ao meu nome. Esta "assinatura" é uma falsificação e bem grosseira. A minha assinatura não é um traço vertical e está, e é sempre a mesma, nos vários documentos que dela carecem. Como, possivelmente, a de que qualquer pessoa que saiba escrever, pelo menos, o seu nome. Estranhamente, a Paack considerou que esta falsificação grosseira (feita por alguém da empresa? em papel? digitalmente?) servia para comprovar a entrega... que não fizeram.

A Paack conseguiu, com isto, fornecer três mentiras e um acto de falsificação.

Quando inquiri a empresa, a esse respeito, a resposta foi uma quarta mentira: que a encomenda (que não entregaram, que depois dizem que entregaram, demonstrando-o com um ... risco!) tinha sofrido... "um problema logístico"!




Que credibilidade merece gente como esta? Nenhuma. 

Mas o certo é que a Paack consegue ter como clientes algumas empresas mais importantes (e a quem custará pouco assumir extravios de encomendas...) e afirmar, no que só pode ser uma manifestação de sarcasmo: "Na Paack levamos este tipo de incidente muito a sério"!

Quanto à Zooplus, onde eu não farei mais compras enquanto continuarem a entregar as coisas à Paack em vez de as entregarem aos seus clientes, reembolsaram-me da compra (mas não da maçada), assumiram que a encomenda se tinha extraviado e até me ofereceram um cupão de desconto de 10€.

Só que, depois disto, a vontade de voltar a comprar na Zooplus é nula. E se, neste ano, ainda ganharam mais de mil euros nas compras que lhes fiz, acho que não gastarei mais nada com eles.





segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Ler jornais já não é saber mais (196): estes títulos só podem ter sido feitos pela Inteligência Artificial...

 

... de tão burocráticos, repetitivos e desprovidos de criatividade e de imaginação que são.

Ou será o contrário e é o jornalismo (?!) que hoje está burocratizado, repetitivo e desprovido de criatividade e de imaginação?














































domingo, 12 de novembro de 2023

"Vamos Mudar": da falta de discernimento e incapacidade de raciocinar como política autárquica


Como aqui já expliquei, e depois de ver este artístico objecto desobstruído e de novo cheio apenas porque chove normalmente, não é possível encontrar outra explicação: a política autárquica desta gente (do grupo "Vamos Mudar", que é o projecto político-empresarial pessoal do presidente camarário) assenta na mais rematada falta de discernimento e incapacidade de raciocinar.





sábado, 11 de novembro de 2023

Recordando...

 ... o que aqui escrevi sobre o ainda primeiro-ministro em Junho de 2017. 

Ele não mudou desde essa data até hoje. Ou, se mudou, foi para pior.







terça-feira, 7 de novembro de 2023

7 de Novembro: finalmente!

 Em 19 de Dezembro de 2022 escrevi aqui isto:




O primeiro-ministro, a arrogante criatura na capa da arrogante publicação, demitiu-se hoje. 

Ainda bem!




Mas ele ri-se...

 

Eram o "luto", a "luta", os protestos, as manifestações... mas depois é isto: o político catastrófico que é Vítor Marques, em má hora eleito presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, não anda nada triste, nem revoltado nem zangado com a "perda" do novo hospital do Oeste... como se pode ver pela expressão da sua alegria na passeata turística que fez agora aos EUA. 



E pergunte-se, já agora: à excepção de uns cartazes que ainda andam por aí espalhados, alguém vê pelo concelho alguma coisa que mostrem a "luta" ou o "luto" do dito político e dos seus fiéis acólitos?


segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Quando a chuva em Novembro é notícia...

A meteorologia está reduzida a isto: a previsões que são tomadas, e noticiadas, como certezas; a expressões polémicas saídas do caldeirão dos aspirantes a cientistas e replicadas até darem vómitos ("rio atmosférico", "ciclone-bomba", etc.); a notícias de que haverá chuva... numa época (Outono, mês de Novembro) que se caracteriza por muitos dias de frio e chuva.

A parvoíce mais recente é esta, saída do penico que é a CNN tuga, onde se anuncia um "episódio de chuva"... neste tempo. Quem escreve estas "notícias", e as titula, deve ter o cérebro directamente ligado ao intestino grosso!







domingo, 5 de novembro de 2023

O Bombarral fica lá longe

 


Vítor Marques, presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, a ver o novo hospital do Oeste por um canudo, depois da muita água que meteu num processo desastradamente conduzido.






quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Convinha que Clara Ferreira Alves lesse uns livritos, convinha...


Uma das características definidoras das entidades ubíquas do comentariado nacional é o facto de saberem tudo sobre tudo e em qualquer momento.

Clara "La Plume de Ma Tante" Ferreira Alves é um desses casos curiosos de enciclopedismo virtual que, na passada edição do pedante "Expresso" (de 27.10.23) produziu esta extraordinária afirmação: "Convém ter lido uns livros. Para a 'História dos Judeus', os três volumes do historiador judeu britânico."

Acontece que a "História dos Judeus", de Simon Schama, tem apenas dois volumes ("Encontrar as Palavras" e "Pertença", ed. Temas e Debates/Círculo de Leitores, tradução minha). Devia ter terceiro, que, infelizmente, não há.

A obra é, realmente, magnífica, mas é de calcular que a criatura que lhe inventou um terceiro volume nem a tenha lido.

Embora "convenha", claro...