sexta-feira, 19 de março de 2021

Evidências


Há aquilo que se diz sobre "um boi a olhar para um palácio"
mas o desenho infantil que se vê à esquerda não é um palácio.


1. O País está (estupidamente) fechado há mais de um mês. Criou-se uma ficção alarmista com base em pressupostos mediáticos, procurando disfarçar a inexistência de planeamento para uma crise sanitária inevitável (como nos outros anos), o desinvestimento no SNS e a cobardia evidente dos políticos que foram entregar-se a "especialistas" ignorantes na matéria.
A catástrofe económica generalizada tem nesta particularidade o melhor exemplo da monstruosa estupidez que lhe está subjacente: a obesidade é um perigo em geral (e os "estudos" que proliferam como moscas até dizem que os obesos são das principais vítimas da covid), mas o que primeiro reabre são os cabeleireiros e os ginásios ficam para depois.
Em toda esta efabulação, o que interessa é sempre a aparência e nunca a essência.

2. A definição de risco dos concelhos, se os números oficiais estavam certos, foi sempre distorcida pelos números sobre os contágios nos lares. Não estamos a falar de vírus à solta na rua (e recorde-se que, pela narrativa oficial, o vírus até tem horários de ataque) mas de "casos" em comunidades concentradas, com dezenas de pessoas.
Excluindo esse vector, que também originou a afluência aos hospitais, qual era a realidade? Não se sabe. As entidades oficiais nunca o disseram, os "especialistas" ignoraram-na e a imprensa nunca perguntou. Mas é possível especular: os surtos que fizeram aumentar os números dificilmente poderão repetir-se.

3. Os vírus, fora os da ficção científica, têm, em geral, uma incidência epidémica, pandémica e depois endémica. Perdem força. Tornam-se parte da natureza, humana e animal. 
O SARS-Cov2 já existia em Portugal, oficialmente, em Fevereiro de 2020 (um mês antes do alarme geral). Já existia em Itália e em Espanha no final de 2019, pelo que não é muito especulativo pensar que também já estivesse entre nós em 2019. 
O alarme que associam ao Natal não nasceu de pessoas a morrerem pelas ruas, mas de surtos de comunidades fechadas. Estará o vírus endémico e, nesse caso, já haverá imunidade de grupo? Estranhamente, é assunto tabu.


No "Expresso": o vírus já "circulava" mas não fazia mal a ninguém? É isso?



As entidades oficiais silenciam o tema, os "especialistas" ignoram-no e a imprensa nunca perguntou, mesmo quando "tropeçou" na questão, como o "Expresso" há poucas semanas..

4. A condução da "luta anti-covid" foi entregue não a epidemiologistas mas a matemáticos e outros que fizeram uma "perninha" na epidemiologia. (É como chamar o serviço de assistência de uma empresa de telecomunicações para tratar de uma fuga de água.) 
Foi destes "especialistas" que nasceram, por antecipação, "modelos" com previsões apocalípticas que a realidade desmentiu em grande.
As entidades oficiais fazem de conta que não viram o falhanço, os "especialistas" preferem obviamente esconder o seu fracasso e a imprensa nunca perguntou. Nem pelos artigos científicos (revistos por pares) que eles já deviam ter escrito para revelarem o seu saber e a sua experiência.

5. Os testes, feitos por um número incalculável de empresas especializadas e outras de vão de escada (com a exploração dos ciclos, no caso dos PCR, em que encontram tudo e mais um par de botas), são o suporte deste conceito de pandemia. É um ciclo vicioso: testa-se muito (com que eficácia, se a pessoa pode contaminar-se no minuto seguinte ao teste?), há sempre "casos" garantidos, a população assusta-se e acorre aos testes, as empresas ganham milhões, fazem mais testes, há sempre novos "casos", a população assusta-se e acorre aos testes... 
A pandemia, que se transformou em "pandemia" quando se escondem as implicações do conceito de endemia, só terminará quando as empresas de testes quiserem que termine.

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