Em 29 de Novembro de 2011, já com mais de quatro anos de experiência de apagões nesta região, iniciei uma rubrica regular a que chamei "EDP - A Crónica das Trevas". A entrada mais recente, a 86.ª, foi em Outubro de 2019. Hoje publico a 87.ª nota.
Esta região, a Serra do Bouro, foi flagelada durante muito tempo por apagões com uma frequência quase diária. A EDP, muito criativamente, inventava todas as justificações, evitando o óbvio: o desinvestimento e a falta de manutenção.
Um dia, por carta, justificaram-se com "as trovoadas de Caldas da Rainha". No entanto, os apagões não tinham preferências meteorológicas.
Noutro dia, justificaram-se com o roubo de fio de cobre (que é crime) mas, quando eu disse que tinha ido perguntar à GNR e à PSP se tinha havido alguma ocorrência dessas, apressaram-se a dizer que o roubo não fora comunicado "por esquecimento".
Desde, pelo menos, essa data de Outubro de 2019, os apagões não têm durado mais do que um minuto. Mas ontem o pesadelo regressou: às 22h50 a luz foi-se abaixo e já passava da 1h de hoje quando regressou. Não se sabe, nem nunca se saberá, porquê.
Foi, muito obviamente, uma situação irritante.
Mas o que mais me irritou foi o atendimento telefónico da EDP (ou e-Redes, como parece que agora se chama), feito por uma mulher com voz de aguardente e com uma boa dose de má-criação.
Estive para a mandar para o c*r*lh* mas o ambiente familiar não o facilitou. Deu-me a informação de que se previa a resolução da avaria "à uma da manhã" e nem lhe perguntei mais nada. Ainda me arriscava a ter de ouvir que a culpa era do covid, ou algum disparate semelhante.
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