Recebi ontem um e-mail curioso proveniente do que me parece ser uma publicação brasileira dirigida a professores e universitários com o nome de "Brazilian Journal of Development" ("BMJ"), onde me era proposta a publicação de um texto que, em Outubro de 2019, apresentei como comunicação ao I Congresso Nacional de Angolanística (cujas actas, com este texto e todos os outros, podem ser consultadas aqui.
Intitulado “O general Mapache e o hacker Maxim Djalma", o meu texto referia-se a duas personagens de nacionalidade angolana presentes em três dos meus romances, aludindo à falta de conhecimento que existe em Portugal sobre muitas realidades angolanas que transcendem a economia (e que a Angola Research Network, promotora dos dois congressos de angolanística já realizados, tem procurado dar a conhecer.
No e-mail, subscrito por uma Sophia Guerra, "assistente editorial", que me oferecia "Um grande abraço!", garantia-se que "o critério de seleção de seu artigo, que já foi analisado e considerado como aprovado pelo nosso conselho editorial, baseou-se na relevância do seu trabalho e na contribuição que ele tem no campo de estudo abordado".
E a publicação seria paga, já agora? Não.
Na realidade, se eu quisesse que o texto fosse publicado, eu é que teria de pagar, como me era dito com algum descaramento:
"Para a publicação de seu artigo cientifico, solicita-se a contribuição financeira única de R$ 590,00 [cerca de 110€]. Essa taxa é destinada aos custos de diagramação, formatação, registro do DOI e manutenção da revista. Em caso positivo, é só responder esse e-mail informando que aceita publicar com a BJD e informar qual a melhor forma de pagamento: depósito bancário, transferência, PIX ou Paypal (cartão de crédito)."
A minha resposta foi, na íntegra, esta:
Exma. Senhora,
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