domingo, 30 de janeiro de 2022

Ler jornais já não é saber mais (134): informação fraudulenta

 


"Expresso", 29 de Janeiro de 2022: numa entrevista que o próprio há de, um dia, de ter vergonha de ter dado, o "video star" Manuel Carmo Gomes é apresentado como "epidemiologista". Que não é. 

Numa página da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, do próprio, que pode ser consultada aqui, facilmente se verifica que este licenciado e doutorado em Biologia e mestre em Probabilidades e Estatística não é epidemiologista.

A informação apresentada pelo "Expresso", nestes termos, só pode ser classificada como fraudulenta. E quanto às duas criaturas que assinam a peça, nesse caso, não podem ser designadas por jornalistas, mas, talvez, por relações-públicas do entrevistado ou... delegadas de propaganda médica?!




3 comentários:

Boaideia disse...

Para todos os eeitos, ele é epideemologista: "Desde 1995, o meu trabalho de investigação tem-se centrado na epidemiologia de doenças transmissíveis. Através da utilização de modelos biomatemáticos de transmissão das doenças, é possível compreender a variação da incidência das doenças ao longo do tempo e, simultâneamente, estudar a melhor forma de as controlar. Tenho dado especial atenção às doenças ditas “infantis” (sarampo, papeira, rubéola ...), à tuberculose e à chamada doença meningocócica (meningite e septicémia). A vacinação é a medida de controle mais utilizada nas investigações." - https://webpages.ciencias.ulisboa.pt/~mcgomes/perfil/index.html

Anónimo disse...

Correcção: "efeitos" e "epidemiologista".

Pedro Garcia Rosado disse...

Caro anónimo: eu sei cozinhar, e faço-o muito bem, e não me considero cozinheiro nem "chef". Aliás, do que cita poderá extrair-se apenas que o sujeito é "investigador em...". E com grande bondade. E até, nessa perspectiva, se o jornal em questão não o der como "investigador", continua a ser informação fraudulenta. Nem é preciso fazer "trabalho de investigação" em comunicação social.