Quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele...
Quando o governo do Funchal, todo do PSD, impôs medidas sanitaristas de carácter fascista, afirmei aqui que não votaria num PSD capaz de fazer isto e que não mudaria de opinião se os dois candidatos à presidência do partido não se pronunciassem contra a deriva totalitária dos seus correligionários madeirenses.
Não o fizeram e eu, acreditando que seria Paulo Rangel a ganhar as eleições internas, pensei que teria um problema de consciência no dia 30 de Janeiro, porque o PSD encabeçado por Paulo Rangel poderia ganhar um apoio alargado do eleitorado democrático decidido a expulsar o PS do poder.
Infelizmente, foi Rui Rio quem ganhou. Pelo que tenho visto, a sua ambição é ser vice-primeiro-ministro de um governo do PS chefiado pelo seu amigo António Costa.
Com o meu voto, por maioria de razões, não contará.
Por isso, no dia 30 de Janeiro, votarei num dos dois partidos da democracia portuguesa que melhor estarão posicionados para consolidar um bloco anti-PS: o Chega ou a Iniciativa Liberal.
Desliguem-se dos telejornais e do jornalixo da imprensa que só desinforma, leiam (só faz bem) e informem-se.
1 - A pandemia (do vírus SARS-CoV-2 e da sua doença covid-19) está numa fase endémica.
2 - Os "novos casos" dependem do número de testes (voluntários, à força, feitos porque a pessoa está na dúvida, etc.) e os testes não são fiáveis. Se, por hipótese, os 10 milhões e tal de habitantes de Portugal fossem testar-se todos, teríamos, provavelmente, 10 milhões e tal de "novos casos".
3 - Não pode haver avaliações filosóficas, psicológicas ou televisivas para a gravidade de uma doença. Só as mortes podem aferir da gravidade de uma doença e as mortes directamente causadas pela covid-19 decresceram enormemente. A doença, em si, perdeu a gravidade que já poderá ter tido.
4 - A doença respiratória que é a covid-19 torna-se mais grave no tempo frio, afectando em especial os mais velhos e os mais vulneráveis, combinando-se, de forma perigosa, com os estados gripais e com todas as afecções da época, num quadro mais grave de condições clínicas desconhecidas e de aumento de fragilidades.
5 - As vacinas, ainda tecnicamente experimentais, não foram a solução milagrosa propagandeada pelos "especialistas" avençados das farmacêuticas e pelos políticos cuja relação com as farmacêuticas desconhecemos. Os governos têm uma necessidade urgente de abafarem o enorme fracasso dessa solução que compraram (com o dinheiro de todos) e a dimensão dos ganhos obtidos pelas farmacêuticas cria aqui uma atmosfera insalubre.
6 - As "restrições" são ditadas pelo pânico dos decisores políticos de que os sistemas de saúde (que não quiseram fortalecer) não aguentem a pressão das doenças da época e correspondem à vontade irracional dos eleitorados, atormentados por uma campanha de medo sem precedentes que já dura há quase dois anos.
7 - É sugestivo que a imposição das novas "restrições" (que, na prática, tornam obrigatórias estas infindáveis vacinas) aconteça num 25 de Novembro.
8 - É possível que a democracia soçobre ainda mais neste inverno de estupidez agravada. Mas, às vezes, a vida política gera as suas próprias surpresas.
Não votaria no PSD de Rui Rio. Talvez votasse no PSD de Paulo Rangel. Mas nenhum deles se distanciou, ou criticou, o seu par Miguel Albuquerque que, como presidente do Governo Regional da Madeira, anunciou um regime de fascismo sanitário na Madeira.
Sem esse distanciamento e sem essa crítica, não votarei, em caso algum, no PSD nas eleições de 30 de Janeiro.
O meu voto irá para a Iniciativa Liberal ou para o Chega.
O regresso formal às máscaras será apenas demagogia eleitoral, porque o imenso rebanho que esta gente é já as usa... e sempre.
Está explicado um dos mistérios da fé socialista nacional: por que motivo não houve uma remodelação do actual Governo, a começar pela saída do ministro que tutela a criminalização da circulação rodoviária e cujo carro matou um homem há cinco meses.
É que o seu chefe, incensado e endeusado pela imprensa nacional, já sabia que o último Orçamento de Estado do seu governo seria rejeitado no Parlamento e que o Presidente da República ia convocar eleições legislativas para o início do ano de 2022. Já tinha, em toda a sua presciência, adivinhado o futuro.
Está aqui bem explícito, nesta estranha peça jornalística do "Nascer do Sol"/"Sol" (13.11.2021) assinada por um crente obviamente fervoroso do actual chefe do Governo.
"Não há outro deus senão Alá e Maomé é o seu profeta" |
As eleições legislativas, note-se, serão no dia 30 de Janeiro de 2022 (conforme o anúncio do Presidente da República), ou seja, daqui a dois meses e meio.
Nunca pensei que chegássemos a este ponto.
Às 18h16 de ontem enviei este e-mail, que não foi rejeitado, para o endereço de e-mail leitor@observador.pt, indicado como forma de contacto dos leitores com o jornal on line "Observador". Vinte e quatro horas depois, tempo mais do que suficiente para um qualquer jornalista em cargo de direcção e/ou de chefia justificar uma opção editorial, não tive ainda resposta. Justifica-se, assim, a sua publicação.
[Do próprio "Observador": Estamos sempre prontos a conversar com os nossos leitores. Se tiver sugestões, correções, ideias ou dúvidas, fale connosco em leitor@observador.pt.]
1. À hora a que vos escrevo (17h35, de 14 de Novembro de 2021) estão registadas, só no dia de hoje, 181 mortes em Portugal.
A única explicação para este título e este "lead" do "Observador" (hoje) é a existência de uma agenda económica (as empresas farmacêuticas) ou política.
A "Visão" (que, verdadeiramente, nunca conseguiu ser um projecto jornalístico sério, nem com José da Silva Pinto nem com Luís Delgado na sua fase apostólica) nem põe aspas nesta estranha invocação de magia, de caminhos que considera "mágicos".
Durante parte do ano, abrangendo pelo menos o Verão, mora aqui nesta zona um casal alemão, talvez na casa dos cinquenta, que tem dois cães negros, aparentados com labradores, muito calmos e nada agressivos. Os dois cães, normalmente à solta, são passeados de manhã e ao fim da tarde.
Se os cães não são agressivos e os seus donos têm sempre uma expressão de simpatia e de cortesia, a grande Elsa incluiu os dois cães na sua lista de ódios e, embora mais controladamente, mostra-se sempre muito agressiva.
Não é possível, por vezes, impedir que os nossos caminhos se cruzem. A Elsa e a pequena Joaninha (que também fica furiosa) ficam bem seguras, os dois cães são postos à trela e o casal, ou quem dos dois os passeia, segue o seu caminho.
Mas, na maior parte dos casos, vemo-nos à distância. E aí, numa cordialidade espontânea, quem primeiro vê que vêm aí os outros é que quem faz meia-volta e procura outro caminho.
Hoje, ao fim da tarde, deparei-me com os cães e com a dona e lá puxei as minhas cadelas para um atalho... onde fui encontrar, minutos depois, a dona dos cães e os seus cães que também recuara e que, ao ver-nos, soltou uma gargalhada bem-humorada. E eu apressei-me a dar meia-volta, outra vez, e a recuar. Sem nenhum problema, porque sei que eles fariam o mesmo. De longe, mais tarde, trocámos acenos.
Esta atitude é relativamente comum no relacionamento com os estrangeiros que por aqui vivem, ou passeiam, e que têm cães, e é uma atitude que até agora só consigo encontrar numa vizinha portuguesa, que também passeia a sua cadela, para grande desagrado das minhas.
A isto chama-se civilização.
É extraordinário, mas é verdade: dois dos semanários do fim-de-semana, o "Nascer do Sol" (ex-"Sol") e o "Expresso" publicaram entrevistas com -- estes sim! -- especialistas legítimos, António Vaz Carneiro e John Ioannidis.
O que ambos dizem, e com a autoridade que lhes advém da profissão e do seu currículo, é o que muitas outras pessoas têm vindo a dizer... e que, por isso, são designadas por "negacionistas".
A versão integral da extensa, mas esclarecedora, entrevista a António Vaz Carneiro já pode ser lida aqui, no site do "Nascer do Sol".
Quanto à entrevista com John Ioannidis, de acesso livre apenas a assinantes do "Expresso", publico aqui uma imagem que permite a leitura:
Beatriz Pacheco Pereira, directora e programadora do mais importante festival de cinema em Portugal (Festival Internacional de Cinema do Porto/Fantasporto, que criou com o marido, Mário Dorminsky, ambos pessoas de grande qualidade pessoal e intelectual), activista cultural, escultora e escritora, publicou o seu primeiro romance, depois de vários livros de contos e novelas.
Intitula-se "Alice e os Abutres" e é um projecto literário, acolhido pela editora Âncora, peculiar e muito pessoal, uma versão muito própria de "Alice no País das Maravilhas", que neste caso poderia intitular-se "Alice no País das Decepções". Alice é a protagonista desta história de vários crimes e de muitos abutres.
Divergindo de alguns cânones da literatura, "Alice e os Abutres" não deixa, também, lugar a dúvidas nenhumas: Beatriz Pacheco Pereira sabe escrever e escreve muito bem.
A humanidade vive com o vírus SARS-CoV-2 e a doença covid-19 há, praticamente, dois anos.
A obsessão do cidadão que é Presidente da Repúblicas com a sua saúde, que até pode ser compreensiva pela idade que tem (com a utilização dissimulada de um oxímetro em público), não é muito compatível com o exercício racional das funções públicas que ocupa, numa bipolaridade estranha de critérios quanto ao uso de instrumentos mágicos, como a máscara. Salvo num país doente...
Em boa companhia: fotografia de Liliana Raquel |
Liliana Raquel gostou de "O Último Refúgio" e fez aqui, no seu blogue, um comentário muito elogioso, de que retenho este comentário: é "intenso, imprevisível e deixa-nos agarrados até às últimas páginas". É, sempre, aquilo a que um autor pode aspirar.
Liliana Raquel também me fez uma entrevista com perguntas muito interessantes. As perguntas e as respostas, que também espero que sejam interessantes, podem ser lidas no seu blogue aqui.
Não consigo deixar de pensar que na Direcção-Geral de Saúde há gente muito desocupada, a avaliar pelos quilos de prosa que vão cagando com "normas" e "orientações" destinadas, visivelmente, a pessoas que devem ver como atrasados mentais.
Com tanto tempo à disposição deles, podiam dedicar-se a entretenimentos desta natureza...
... Ou seja, o "Quarteto de Alexandria", que nesta edição "de bolso" e em letra pequena ultrapassa as 800 páginas.
Li os quatro livros originais (sim, são quatro e não apenas um...) no final da minha adolescência, nas respectivas edições portuguesas da editora Ulisseia com tradução de Daniel Gonçalves, publicadas entre 1973 e 1976.
A obra entusiasmou-me e decidi regressar a ela, agora em inglês. A escrita de Lawrence Durrell (1912 - 1990) é magnífica e, apesar do estilo escolhido, o texto é fascinante.
Ler o "Quarteto de Alexandria" é quase um projecto, mais do que uma intenção de leitura, mas, no que mais me agrada ler, parece-me que me rodeia um deserto ou, pelo menos, uma estepe bastante estéril.
O ex-presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, Tinta Ferreira (PSD), afastado do cargo ao fim de dois mandatos nas eleições de Setembro, é um homem de mau perder. É mais um discutível atributo de uma personalidade que, entre outras particularidades, conseguiu deixar o seu município amarrado a uma empresa que foi sempre favorecendo. (Por motivos que, naturalmente, eu não conheço... e sobre os quais, por motivos legais, não devo especular.)
Na edição da semana passada da "Gazeta das Caldas" ficamos a saber mais.
Numa entrevista ao novo presidente da Câmara Municipal, Vítor Marques (Vamos Mudar), este faz um comentário revelador e, até, com alguma elegância.
Na mesma edição, curiosamente, a "Gazeta", cujo director nunca escondeu a sua boa relação com o presidente deposto, Tinta Ferreira aparece num texto que assina a vangloriar-se do que fez, mas também a mostrar-se abertamente ressabiado com a "campanha negativa de personagens do costume". Digamos que... nem lhe fica bem.
*
Além do mau perder da criatura, ficamos a saber mais uma coisa por este texto:
E nesta interessante contratação, quem é que há de aparecer?
A Cimalha, pois claro, a empresa de construção que tem duas particularidades muito assinaláveis: era a empresa preferida da Câmara Municipal de Caldas da Rainha e é extraordinariamente incompetente, como aqui tenho relatado.
Está bem à vista, aqui, no Portal Base.
Talvez o novo presidente da câmara devesse reparar bem nisto...