Na empresa CTT faz-se greve por tudo e por nada e da maneira mais imbecil que é possível. O inimigo do pessoal da empresa é, ao que se pode pensar, a administração. Mas quem se trama com a greve é, como sempre, o cliente (pessoas e empresas).
Neste caso, com uma greve a uma sexta-feira numa semana em que quarta e quinta-feiras são feriados (o que dá origem a uns belos cinco dias de férias), o objectivo da greve é... o subsídio de refeição. Valendo 9 (nove) euros por dia, começou a ser pago com um cartão. O pessoal não quer a massa em cartão, quer é em "cash".
A justificação é enviesada: há quem, com menores salários, use esse valor (que pode rondar os 200 euros por mês) para as despesas pessoais e da sua família e os cartões não são aceites em todo o lado. E os que têm maiores salários, também é isso que querem?
Acontece que o subsídio de refeição devia servir para isso mesmo: para as refeições. Se é necessário para outros fins, devia ser exigido um aumento salarial que o compensasse.
Mas não é o que faz esta aristocracia laboral, que já beneficia de um subsídio de refeição que é quase o dobro do que vigora para 2020.
A greve, além disso, não se percebe, porque receber esse valor de 9 euros/dia em dinheiro já o torna alvo der IRS. Note-que os valores de subsídio de alimentação pagos em dinheiro, superiores ao montante de 4,77 euros, estão sujeitos a IRS e ao pagamento para a Segurança Social. Quando é atribuído através de cartão ou de vales de refeição, o subsídio de alimentação estará sujeito a tributação se ultrapassar os € 7,63.
Portanto, é isso que querem? Mais IRS?...
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