O caixote de lixo da fotografia de cima está na freguesia rural onde moro. A alavanca que permite abri-lo com o pé está partida e quem quiser meter o lixo lá dentro vai ter de o abrir… à mão. Em todos os anos em que aqui esteve, os Serviços Municipalizados, que lá vão recolhendo o conteúdo, nunca o lavaram. Fede à distância.
Os dois caixotes de lixo da fotografia de baixo estão num bairro central da capital do concelho. São novos, pretos e luzidios. Devem ter saído mais baratos, claro, do que encontrar outra solução, e higiénica, para o lixo. Mas, a certa altura, é impossível não pensar que há quem, mandando no concelho, pense que o lixo é o grande "ex libris" de Caldas da Rainha.
Está aqui bem visível a diferença de tratamento entre a capital do concelho e as suas freguesias rurais, abertamente desprezadas pelas elites urbanas locais.
E se não é esse o caso, que vai mais longe do que a atávica incompetência desta gente, talvez o caixote danificado, velho e emporcalhado da fotografia de cima seja um dos elementos "embelezadores" que o presidente da junta de freguesia urbana que canibalizou a junta de freguesia rural pretendia disseminar por aqui há dois anos.
"Les beaux exprits se rencontrent", como se pode ver.
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