Há uma opinião publicada que despertou agora para os males da empresa CTT. E fazem-no por ignorância, tolice, Maria-vai-as-outras, preconceito ou ideologia ou tudo junto.
É o caso de Miguel Sousa Tavares que, neste caso ("Expresso", 23.12.17), parte de uma situação obviamente prejudicial que, no entanto, não tem a ver com a privatização da empresa.
Isto é vulgar no interior do País (a opinião publicada não o conhece, verdadeiramente). E, neste concelho onde resido (Caldas da Rainha), isto acontece há, pelo menos, desde que eu para cá vim, já há dez anos. Antes da privatização.
O problema da empresa CTT, do Estado ou privada, é um problema simples: o poder dos sindicatos. Já o tinham antes e mantiveram-no. Dominam como querem a distribuição e o atendimento. E, note-se, não reclamam de baixos salários. Talvez seja por isso que fazem tantas greves, com a maior despreocupação.
As suas greves não são contra o seu patronato, público ou privado. São contra o público, contra nós todos, que não temos alternativa e que estamos sem correspondência dias a fio, e com regimes de atendimento que são realmente escandalosos. O "serviço público" que apregoam é uma treta, um embuste, uma merda.
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