terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Filho da puta

O cão, pequeno e magro, não tem direito a entrar em casa.
Parece que esteve doente e o certo é que agora passa grande parte do dia (e nem se ouve à noite) a dormir, como se estivesse anestesiado. Talvez por isso passou de uma espécie de anexo para a beira da porta de entrada. Mas sempre ao relento, em noites alumiadas por luzes diversas e agora por iluminações foleiras de Natal, de dezenas de lâmpadas intermitentes, num canto onde nunca fica suficientemente escuro para o descanso nocturno.
O gajo que é "dono" veio cá fora, há pouco, para ir buscar lenha para se aquecer, e à mulher. Por duas vezes. Nem um olhar deitou para o cão, ou para o sítio onde ele possa estar.
No exterior devem estar 3 ou 4 graus.


*

Os meus cães dormem, à noite, dentro de casa. Têm plena liberdade de circulação entre o exterior (com vedação) da propriedade e o interior da casa durante o dia. (E nunca andam por fora, quando há circulação de carros no exterior.) É como se sentem melhor.
E as casas limpam-se, mesmo quando não se tem criada três ou quatro vezes por semana.

Sem comentários: