Alcobaça, sábado, dez horas da noite.
No Mosteiro de Santa Maria ergue-se (e repercute-se por toda a sua nave central) a música coral de Domingos Bontempo. A fachada do mosteiro está mal iluminada e têm mais luz as suas paredes laterais, o chão de terra em redor do monumento pode ser "típico" mas não ajuda. Apesar disto, assistir a este espectáculo de entrada livre, mesmo que só por instantes, é quase sublime.
Mas, quando se voltam as costas ao mosteiro, o que se vê é deprimente.
Alcobaça pode ser uma cidade animada, talvez cheia de visitantes durante o dia, com pastelarias, restaurantes e lojas talvez a fervilharem de clientes. À noite, porém, é uma cidade quase morta. Mesmo agora, no Verão.
As esplanadas estão vazias, há restaurantes fechados, as lojas (mesmo aquelas que cativariam visitantes ocasionais) estão fechadas, a famosa pastelaria Alcoa está fechada.
Esta imagem de uma cidade desolada não é caso único. Mas o cenário imponente do mosteiro justificaria outra animação.
Poderão dizer, autoridades municipais e comerciantes, que não abrem lojas e outros espaços porque não se justifica. Mas talvez seja necessário fazer ao contrário: abrir, arriscar, insistir, perseverar. O caminho do desenvolvimento é este.
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