A notícia prometia: a Presidência da República e o titular do cargo receberam um cão, um pastor-alemão de origem militar, com representantes da Força Aérea e o sorridente secretário de Estado da Defesa a levarem o jovem "Asa" a Marcelo Rebelo de Sousa.
Não faltaram as inevitáveis comparações com Barack Obama e o enaltecimento do tão mediático presidente português.
A coisa demorou dois dias e transformou-se numa simples manobra de propaganda: o "Asa" não fica em Belém, continua a ser do Presidente da República ou de Marcelo Rebelo de Sousa ou dos dois e mas vai empandeirado para a GNR porque "o Palácio não tem condições nem espaço adequado para receber o animal de estimação, da forma a ser tratado e educado de forma correta".
Não é muito diferente, afinal, daqueles casos em que os cães são oferecidos para serem depois votados ao abandono, "fugidos" ou "perdidos", como um bibelot de mau gosto que se recebe de presente e se esconde num canto.
O gesto é desprezível. A única vantagem é que o "Asa" estará na GNR, ao que consta em bom ambiente, o que é melhor do que com um dono que o rejeita.
O Presidente, o secretário de Estado da Defesa e o bibelot |
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