À noite, a coisa pode ter bom aspecto e garantir, depois do anoitecer, algumas horas de vigoroso prazer solitário aos políticos caldenses (com os da Câmara Municipal a poderem vê-la mesmo à frente dos seus vaidosos narizes) e algumas ilusões de grandeza aos habitantes dos prédios vizinhos mas de dia, que é quando há mais gente nas ruas da capital do concelho de Caldas da Rainha, não passa de uma estrutura metálica sisuda e desinteressante.
Porém, num raio de quinze quilómetros, nas freguesias rurais cada vez mais votadas ao abandono, o que existe são candeeiros públicos que iluminam mal, buracos nas estradas, lixo pendurado nas árvores e idosos isolados.
A Câmara Municipal de Caldas da Rainha, a "nova dinâmica" que dela se apossou (e os seus aliados que às vezes se enfeitam como oposição) bem podiam trocar esta feira de vaidades por um gesto realmente natalício dirigido aos desprezados munícipes do interior.
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