terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Porque não gosto dos CTT (13)

Nos CTT não se trabalha hoje. Aliás, nos outros dias parece-me que também já não se trabalha muito.
Seja porque para eles é feriado, porque têm "tolerância de ponto" contra o patrão-Estado, porque simplesmente é Carnaval ou por qualquer outro motivo que, numa empresa onde o pessoal beneficia de um "subsídio de incómodos" por ter de trabalhar, não deve ser difícil de inventar.
E, no entanto, os CTT fazem, ao que consta, um "serviço público", expressão que cobre tudo, desde o monopólio de um serviço exclusivo (como é o caso) ao prestígio da Pátria (coisa difusa que é tanto mais beneficiada quanto menos se trabalha). Só que este "serviço público" de pouco nos serve.
Na prática, o que recebemos é um serviço em jeito de bardamerda que inclui estações fechadas e subdimensionadas, distribuição de correspondência quando muito bem lhes apetece, a completa ausência de garantias de que aquilo que enviamos ou devemos receber chega ao destino em tempo razoável e a dúvida permanente sobre o que pode, ou não, ter sido extraviado.
Há quem não queira os CTT privatizados. Deve ser porque, na prática, a empresa já está "privatizada"... pelos seus extraordinários administradores e pelo seu dedicadíssimo pessoal.

Sem comentários: