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| Imagens de fonte aberta de acesso público. |
Este blogue é um registo pessoal de impressões, comentários e opiniões do autor, na sua qualidade de cidadão, na forma de um diário privado que é, no entanto, de acesso público e livre. Este blogue não tem fins lucrativos e as apreciações do autor sobre acontecimentos, pessoas e iniciativas, sociais, culturais, políticas, comerciais, mediáticas e outras, são completamente independentes e pessoais.
sexta-feira, 27 de junho de 2025
O PS é agora um caniche "poucochinho", nascido do acasalamento político entre Marques e Seguro
quinta-feira, 26 de junho de 2025
A Coligação dos Rotos está a destruir a boa ideia que foi a UE
Gostei, por bondosa que a achei, da ideia da União Europeia como federação de países situados na mesma região do mundo, sem fronteiras de espécie nenhuma e com os mesmos objectivos de política social. Dos primeiros passos, com políticas específicas determinadas por cada Estado-membro, a um projecto mais vasto, que harmonizasse, com naturalidade, o conjunto das várias políticas nacionais.
Mas isto é diferente. Este monstro dominado por políticos sem qualidade, sem escrúpulos e sem escrutínio popular (os dirigentes de topo não são eleitos e apenas existe um parlamento), que dispõem alegremente e sem controlo do nosso dinheiro, e do que querem, é diferente, muito diferente, desse projecto de uma união dos países europeus.
Esta coligação de rotos (moral e financeiramente rotos...) que sustenta o regime corrupto de Kiev e a quem não faz mossa que os ucranianos sejam lançados à morte, decerto que por qualquer tipo de compensação para as fortunas pessoais de cada um, está a destruir o projecto da União Europeia tal como estava concebido.
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| Imagem de fonte aberta de acesso público. |
A sua quase fusão com a NATO e a história dos investimentos em material militar, que há de ser comprado às empresas americanas e pago com evidentes impactos negativos nas políticas sociais, é um passo miserável, uma operação de propaganda pura e simples em que alguém há de ficar a ganhar. Que sentido faz dizer que a NATO e/ou a UE vão ficar capazes de entrar numa desejada Terceira Guerra Mundial contra a Rússia em 2035 (dez anos!) quando, ao mesmo tempo, garantem que vamos todos ter de aprender a falar russo porque a Rússia vai dominar o território da União Europeia?
E que sentido faz a abjecta vassalagem desta gente aos EUA, um tipo de vassalagem nunca vista na História e pior, porque é absurdamente pessoal, quando tratam o presidente dos EUA como "daddy"? O modo como o grotesco chefezinho da NATO se dirigiu a Trump (que, obviamente, gostou) até pareceu um exercício de submissão sexual onde a genuflexão não se limita à demonstração de vassalagem mas sim à maneira mais prática de fazer ao dominador felácios em série.
Este desvio perverso dos dirigentes da UE e da NATO justifica, cada vez mais, que se questionem a própria UE e a vantagem dos seus Estados-membros em continuarem neste imenso cano de esgoto.
E eu, abstencionista que sou perante partidos e políticos que aceitam isto (porque também ganham alguma coisa, ou ambicionam vir a ganhar?), sinto-me cada vez mais tentado a defender um "Brexit" de novo tipo...
(Imagem de fonte aberta de acesso público.)
quarta-feira, 25 de junho de 2025
O vento que passa
O vento arrancou a bandeira ucraniana do mastro mais alto de Krivoy Rog (a cidade onde Zelensky terá nascido) e fê-la desaparecer no horizonte.
Eu não acredito em premonições sobrenaturais, mas gosto de Shakespeare, que escreveu que há mais coisas no céu e na terra do que aquelas com que sonhamos na nossa filosofia.
(No YouTube: https://www.youtube.com/shorts/Wqyu9DXzg-w)
domingo, 22 de junho de 2025
Patadas na língua, patadas no jornalismo (8)
É possível, biologicamente, que até pensem com a cabeça. Mas, depois, escrevem com os pés...
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| Leiam este mimo em voz alta. É incompreensível. Uma vírgula (entre "ecografia" e o segundo "não") teria ajudado. |
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| Montenegro em debate com Montenegro. Serão, um e outro, a mesma pessoa? |
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| "Estranha"? Ou algo que tenha a ver com o verbo "estragar"? |
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| Quem afunda, afunda alguma coisa. Ou afunda-se. O "Correio da Manhã" acha que não. Afunda-se na asneira. |
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| O mesmo problema: a forma correcta é "contrai-se". O "Diário de Notícias" acha que não. |
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| Do "Correio da Manhã": a circulação nas cidades deixa de ser "trânsito" para ser..."trânsitos"? Porque são cidades e não uma cidade? Se é isso, saberão o que é um substantivo colectivo? |
sexta-feira, 20 de junho de 2025
Portanto, o PS já só serve como muleta para o Vamos Mudar e à boleia de Seguro
Portanto, não era mentira de 1 de
Abril aquilo que o “Jornal da Caldas” noticiou nessa data, este ano: o PS de Caldas
da Rainha, incapaz de ganhar eleições neste concelho, vai ser absorvido pelo partido
unipessoal Vamos Mudar, do empresário que é actualmente presidente da câmara… e
que conseguiu ser mais habilidoso (em termos políticos, claro…) do que o
próprio PS.
Também me pareceu que talvez não fosse mentira de 1 de Abril, como escrevi aqui, numa nota sobre os resultados eleitorais mais recentes que mostram o descalabro do PS
Este partido teve 5276 votos nas eleições autárquicas de 2017, 2474 nas de 2021 (em que o Vamos Mudar ganhou com 9037 votos) e depois 6911 e 5788 nas eleições legislativas de 2024 e 2025, respectivamente. Nunca tendo conseguido ganhar as eleições autárquicas, optou desistir de fazer pela vida e decidiu jogar pelo seguro (realmente...) e ser deixar-se "comer" pelo presidente da Câmara Municipal para garantir presença na Câmara Municipal.
Esta decisão do PS de se transformar em muleta de um grupo político alheio segue-se ao apoio entusiasmado do chefe do Vamos Mudar ao “Futuro Presidente da República António José Seguro”, num exercício interessante de comercialização da política e de troca de favores. Assim: "eu apoio-te e tu põe os teus a apoiarem-me".
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terça-feira, 17 de junho de 2025
Hugo Oliveira e Fernando Costa, finalmente! Conseguirão vencer Vítor Marques (e o seu PS amestrado)?
Foi, pelo menos, há dez meses que levantei a dúvida: o PSD poderia não conseguir recuperar a Câmara Municipal de Caldas da Rainha, politicamente perdida em 2021 para o grupo arrivista Vamos Mudar. E quem o quisesse desafiar a sério tinha de estar no terreno, a combatê-lo diariamente, e sem demora. E com tempo.
Foi isto que escrevi em 11 de Agosto de 2024:
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| O post pode ser lido na íntegra aqui. |
A solução que já estava a ser ponderada, com maior ou menor convicção, no seio do PSD de Caldas da Rainha (que era, e ainda será, o segundo maior partido do concelho e o rival mais directo do Vamos Mudar), era mesmo esta: Hugo Oliveira, com experiência da câmara mas mais dedicado à sua carreira política na Assembleia da República, candidato à Câmara Municipal, e Fernando Costa, presidente da câmara durante vários mandatos, candidato à Assembleia Municipal. Seria, de certo modo, uma candidatura "natural". E quanto mais depressa estivesse no terreno, melhor seria.
Mas as decisões demoraram muito tempo e tiveram de passar oito meses, e várias peripécias, para que (segundo o jornal "Gazeta das Caldas" e sem confirmação oficial) o PSD tomasse a decisão... que não podia deixar de tomar e que terá estado prestes a não tomar. Ei-la:
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No Facebook é o que se encontra, mas a notícia, no próprio "Jornal das Caldas", desapareceu |
segunda-feira, 16 de junho de 2025
Neste também não
domingo, 15 de junho de 2025
150 mil milhões de euros
Os chefes políticos da União Europeia, com a detestável madame Fond of Lying à cabeça, já entregaram à Ucrânia 150 mil milhões de euros desde 2022.
A fundo perdido, sem controlo, sem nos perguntarem (porque o dinheiro é nosso) se estávamos de acordo, sem qualquer prestação de contas, enquanto, em vários Estados-membros, há problemas sociais e de pobreza que são graves.
Este empenho em atirar dinheiro para os dirigentes de um dos mais corruptos países do mundo, que não querem pôr fim a uma guerra que já perderam e que para eles é pessoalmente lucrativa, faz pensar que parte desses milhares de milhões de euros pode estar a voltar à origem (geográfica) para os bolsos de quem toma a decisão de os movimentar.
Será?
(Imagem de fonte aberta de acesso público.)
sábado, 14 de junho de 2025
O monstro da "Foz Arelho", de custo secreto
À distância, na "rotunda do Greenhill" da Foz do Arelho, o que se vê é uma coisa estranha, sem forma, como um objecto caído do espaço ou saído dos recantos mais sombrios da ficção de H.P. Lovecraft ou dos desertos de Arrakis, o planeta dos vermes da areia de "Dune"). E depois, mais perto, é preciso quase parar (numa rotunda!...) e usar a imaginação para, por fim, se perceber que esta espécie de "blob" até tem uma forma definida.
Vejam só:
A ideia parece ser a de representar um búzio, embora disforme. A fazer fé no Facebook, haverá no local uma placa com a informação "Ouvir o Mar"... e com a Foz do Arelho transformada em "Foz Arelho"!
O pai e a mãe da coisa são, politicamente, os bípedes que se avistam nesta fotografia e na sua ampliação: à esquerda está o azougado presidente da Junta de Freguesia da "Foz Arelho" (vá lá que não saiu "Foz Orelho"...) e à esquerda o não menos azougado presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, que de há muito estendeu a sua manta de favores a este presidente da junta, talvez num bizarro "quid pro quo" relacionado com a sombra penal que paira sobre o primeiro.
Mas, em termos de criatividade, já a coisa é mesmo órfã: não se sabe quem foi o autor, podendo até especular-se que quem fez isto deve estar profundamente envergonhado pela disformidade da sua criação.
Depois, como é habitual, não se sabe quanto custou e quem ficou com o dinheiro.
Devido à associação a Bordallo Pinheiro e à Escola Superior de Artes e Design e a alguma actividade tradicional e artesanal no domínio da cerâmica, o município de Caldas da Rainha ganhou uma imagem, algo desmaiada, de ser "amigo" das artes. Será, no que se refere aos seus organismos, mais amigo de alguns artistas, favorecidos e homenageados por quem manda, do que das artes em geral. E sem consultas populares, ou à própria ESAD, ou concursos públicos maçadores.
Foi o que já aconteceu no objecto (que por comparação com este é uma coisa tão linda...) montado numa rotunda da Serra do Bouro. E talvez seja melhor nem escrutinar a escultura de um pescador com artroses num barco e com gaivota que apareceu noutra rotunda da "Foz Arelho".
Esta monstruosidade que pousou na "rotunda do Greenhill" e uma afronta às artes, à Foz do Arelho (e não à "Foz Arelho"), à combinação do vasto horizonte do Oceano Atlântico com a zona serrana do interuor, ao bom-senso e à inteligência. E, como homenagem, só serve para homenagear o chico-espertismo e os compadrios da política.
Devia ser arrasado, mas, infelizmente, não acredito que o venha a ser. É o que me diz a minha experiência de 20 anos de vida nesta região.
Secretismo
O "Jornal das Caldas", aqui, revela quem são os dois "pais" da coisa, mas fica omisso um elemento fundamental: quanto custou.
Os orgulhosos progenitores são Ovídio António, arquitecto e empresário (Ovídio António, Lda., arquitectura, e Renato Franco, escultor e empresário (Renato Franco Unipessoal, Lda.). A escultura, garante este, é "feita ao bronze" e "vai ganhar colorações diferentes de acordo com a altura do ano". Ficamos a saber que pesa mais de uma tonelada, por exemplo, mas já não sabemos quanto custou.
Decidida sem concurso, a coisa foi fabricada e remunerada com o dinheiro dos munícipes de Caldas Rainha. Mas estes, como já é habitual e num clima de segredo e de falta de transparência, não podem saber quanto é que pagaram por este "blob".
domingo, 8 de junho de 2025
sábado, 7 de junho de 2025
3 erros, 1 facto grave e 1 desastre
Marcelo Rebelo de Sousa, o idoso de 77 anos que exerce a função de Presidente da República, fez três coisas que são, pelo menos, erros (que uma pessoa com a sua experiência devia ter evitado) no confronto com uma activista pró-Palestina na Feira do Livro de Lisboa.
O primeiro erro - No confronto inicial, o Presidente da República agarrou-se aos ombros da activista e, de boca aberta, foi olhando para todos os lados enquanto ela falava para as câmaras de televisão. Mas o Presidente da República sabe bem, e talvez ainda se lembre desse pormenor básico, que as câmaras de televisão querem as palavras dele e que a primazia seria dada ao que dissesse. Devia ter deixado a activista falar livremente, mantido alguma distância física e esperado pela sua vez para falar. Não o fez e errou.
O segundo erro - Largando-a, por instantes, o Presidente da República também lhe ia deitando olhares condescendentes enquanto ela falava, parecendo dividido entre a tentativa de a contrariar e a vantagem de se alhear. Mas não se conteve e, sem qualquer racionalidade, agarrou-a outra vez. Não começou apenas a limitar-lhe os movimentos, estabelecendo mesmo um contacto directo de pele com pele e da pior maneira possível: são as mãos de um homem a agarrarem o pescoço nu de uma mulher, a ponto de ela ter de pedir-lhe para não a agarrar pelo pescoço. É impossível prever como é que a situação poderia ter evoluído. Foi o seu segundo erro.
O terceiro erro - Poucas pessoas hão de ter compreendido o teor do esclarecimento que o Presidente da República deu, depois de largar o pescoço da activista. Visivelmente incomodado, usou um tom entediado, de professor aborrecido com os alunos, para dizer à imprensa o que devia ter dito, à distância de metro, retirando protagonismo à sua adversária e, sobretudo, sem estabelecer contacto físico. Foi o seu terceiro erro.
O facto grave - O comportamento do septuagenário, nesta circunstância, dificilmente pode ser visto como o de uma pessoa na plena posse das suas faculdades mentais, capaz de se controlar e de se relacionar na via pública com pessoas que não conhece e que o desafiam nas suas convicções. Se os erros de comunicação são questões políticas, o modo como quis atropelar a intervenção da activista e lhe pôs as mãos numa zona mais íntima (o pescoço) suscita questões de outra natureza: Marcelo Rebelo de Sousa estará doente? E estará capaz de exercer as suas funções de Presidente da República?
O desastre - A imprensa nacional ignorou esta manifestação estranha do Presidente da República. Subserviente e tolhida pelo temor reverencial perante quem manda, noticiou rapidamente o episódio e remeteu-o para a normalidade da vida pública. Já não tem autonomia, capacidade de intervenção ou de análise ou de questionar os poderes públicos por sua iniciativa. É um verdadeiro desastre.
(Imagem de fonte aberta de acesso público.)
terça-feira, 3 de junho de 2025
Chamar-lhes "jornalixo" até é carinhoso...
A imprensa oficial portuguesa está reduzida a esta miséria.
Não há (quando lhes estraga a narrativa) verificação de factos, rigor, objectividade.
Há o que lhes mandam dizer: para a CNN tuga foram 41 bombardeiros destruídos, para o "Público" foram 40, se alguém lhes tivesse dito 100, 200 ou 500 publicariam na mesma.












































