Eleições legislativas (em Maio, segundo se prevê)
Se é necessário dizê-lo: não votarei no PS (que tenho como principal responsável pela situação de degradação económica do País), não votarei na Iniciativa Liberal (que parece ser um BE mais ou menos à direita), não votarei no Chega (que não foi capaz de se mostrar como alternativa solidamente credível). Votaria no PSD (ou na AD, se a ideia é essa), mas não com Luís Montenegro, que devia deixar o lugar de presidente do PSD e que vai contaminar a campanha eleitoral com os mesmos problemas que fizeram cair o Governo. Com Montenegro, o PSD vai perder as eleições e eu não vou votar num PSD à partida derrotado.
Eleições locais (em Setembro, segundo se prevê)
Continuamos, em Caldas da Rainha, sem uma alternativa forte, que teria de ser do PSD como partido maioritário, à gestão camarária encabeçada por um empresário que tem mostrado uma assinalável habilidade em perpetuar as vantagens, calculo que não apenas políticas, decorrentes da conquista da Câmara Municipal por um grupo que constituiu para o efeito e que apresentou como sendo de "independentes". Não voto nele nem num candidato que não tenha condições para ganhar. Ou seja: não votarei, parece-me.
Eleições presidenciais (em Janeiro de 2026, segundo se prevê)
Nem Marques Mendes, que sempre foi um gestor de interesses privados com ramificações na política. Nem Gouveia e Melo, que arvora um perfil militarista, autoritário e anti-partidos, com interpretações dúbidas dos poderes presidenciais. Nem António José Seguro, que não entusiasmou o seu próprio partido e que vejo como demasiado manso para ser Presidente da República. Nem António Vitorino, que não deixa de ser uma espécie de Marques Mendes "de esquerda". Nem André Ventura, que já devia ter começado a transformar o seu partido num partido mais credível. Nestes, seguramente, não voto.
Portanto: no horizonte estão três actos eleitorais em que me parece que serei convictamente e coerentemente abstencionista.
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