Aquilo que
designo por “imprensa oficial” (a que mais está ligada ao poder político, a que
defendeu as máscaras, o álcool-gel e a santidade das vacinas improvisadas) e
que em inglês tem sido designado por “mainstream media” instituiu como padrão
que Trump é “mau”, que Zelensky é “bom”, aplicando etiquetas simplistas à
realidade que não controla e/ou que não compreende.
Foi assim que se
generalizou a perspectiva (a narrativa) de que Zelensky caíra numa “armadilha”
ao ir ao encontro com Trump e com o seu vice-presidente e que ele, como todos os mártires,
é inimputável.
E não deixa de
ser interessante (embora seja, de alguma forma, arrepiante) perceber que há pessoas
inteligentes que acreditam acriticamente, nesta narrativa, sem se informarem,
sem procurarem outras fontes de informação, oscilando entre a demonização quase
religiosa da Rússia e a cegueira mais absoluta, que as impede de se
interrogarem sobre a utilidade do envio de milhões de euros e de dólares em dinheiro
e em armas para um conflito onde os milhões vão desaparecendo e as armas vão
ficando destruídas no campo de batalha.
Aliás, pode dizer-se que essas pessoas, avessas a quaisquer teorias da conspiração, estão elas próprias a embarcar numa claríssima teoria da conspiração.
O confronto entre o presidente e o vice-presidente dos EUA e o presidente não eleito da Ucrânia na Casa Branca pode ser aqui visto, na íntegra, e essa visão ajuda as pessoas inteligentes que queiram raciocinar a terem uma perspectiva mais esclarecida da situação:
E, a propósito, convém
ter presente o seguinte:
O hipotético
acordo sobre a exploração de minerais, pelo que se sabe muito vago e por regulamentar,
nasceu com o delirante “plano de vitória” de Zelensky, há vários meses, e foi
ele próprio que o propôs a todos os seus mentores.
O tema já tinha
sido debatido, e sem resultados práticos, por Zelensky com dois enviados
americanos a Kiev, o ministro das Finanças Scott Bessent, e o general James
Keith Kellog. Os dois discutiram vivamente com Zelensky e regressaram aos EUA de
mãos a abanar.
As terras ditas “raras”
existem na Ucrânia, mas uma parte está já a ser explora por empresas estrangeiras
e a outra está no Leste, onde têm avançado as forças russas.
Zelensky, com o
apoio e o encorajamento do presidente francês Macron e do primeiro-ministro
britânico Starmer, que não têm dinheiro para mandar cantar um cego, como se diz,
em matéria de poder militar, tem insistido em obter dos EUA “security guarantees”,
ou seja, a presença das forças militares no terreno (que os americanos rejeitam).
E, antes dessa
reunião na Casa Branca, o senador americano Lindsey Graham, a quem Zelensky “vendera”
em tempos a ideia da exploração de minérios, recomendou ao ucraniano que não
insistisse, pelo menos por agora. Depois do que aconteceu, e no próprio dia,
Graham distanciou-se de Zelensky, condenou a sua atitude e sugeriu, até, que o
ucraniano devia demitir-se do cargo de presidente.
Finalmente, será
conveniente reparar na linguagem corporal: Zelensky estava decidido a entrar em
confronto, insistiu no que não devia, atacou os anfitriões e acabou por ser
corrido, sem acordo nem almoço.
Foi o que aconteceu
e este novo delírio do antigo comediante pode, até, tê-lo feito perder o apoio americano.
E é de esperar que sim, porque o caminho para a paz, através de negociações, não
se faz com este louco.
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