... Não.
Já não acredito que o possa fazer nas eleições autárquicas de 2025, nem com a "oferta" do novo hospital do Oeste ao concelho de Caldas da Rainha, e outros concelhos limítrofes como Rio Maior e Óbidos, que o actual governo poderá vir a fazer em breve.
A construção do novo hospital foi anunciada em Junho do ano passado pelo governo do PS no concelho do Bombarral, que era o único concelho onde o PS poderia, com esse "presente", ganhar facilmente as eleições de 2025. Os restantes concelhos do Oeste não gostaram e, no caso de Caldas da Rainha, o presidente da Câmara Municipal fez uma campanha errónea, demagógica e isolacionista para poder ficar com o hospital.
A situação poderia, agora, vir a ser invertida pelo governo do PSD, que usaria a mesma táctica: pondo o novo hospital (ou um segundo hospital) no concelho de Caldas da Rainha, ou muito perto, beneficiando mais directamente os concelhos de Óbidos e de Rio Maior (cujas câmaras são do PSD), poria o PSD de Caldas da Rainha a reivindicar como sua a "vitória".
Deste modo, independentemente de quem fosse candidato à câmara, o PSD teria como garantida a vitória eleitoral e o regresso à Câmara Municipal de Caldas da Rainha perdida, sem honra nem glória, para o actual presidente, Vítor Marques, empresário e chefe do partido unipessoal Vamos Mudar.
Mas nisto o PSD tem dois problemas: um é o facto de estar atrasado em termos de calendário político. A vida política, em Caldas da Rainha, parece às vezes uma farsa, com os partidos interessados apenas em fazerem provas de vida nas eleições. Se nada há a esperar dos outros, quem vê na agenda política do empresário criador do Vamos Mudar o perigo que ele representa para a gestão e para o património só pode sentir-se estupefacto por o PSD não ter ainda anunciado quem e que programa propõe para 2025. Faltam, apenas, dez meses para as eleições.
O outro problema é a possibilidade de uma decisão destas oferecer a Vítor Marques a capacidade de reivindicar a eventual mudança de localização do futuro hospital como vitória sua e resultado da sua campanha de protesto.
E, nessa situação, com os seus programas de festas e de anúncios grandiloquentes, o presidente da câmara partiria de uma posição ainda muito mais favorável do que a do PSD. Aliás, a sua campanha para ser reeleito começou logo a seguir às eleições de 2021, depois de algumas hesitações iniciais.
O que é pena.
Entre uma candidatura que é uma incógnita e um demagogo em campanha... quem é que vai ganhar dentro de 10 meses? |
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