Folheia-se o sacrossanto "Expresso" e, entre os múltiplos artigos de opinião nas suas mais variadas formas sobre as eleições americanas, não se encontra um único que analise, perspective ou aborde o que poderá mudar na política interna e externa dos EUA com a vitória de Donald Trump.
Até parece que houve um concurso para seleccionar quem consegue escrever pior sobre o novo presidente, num campeonato de insultos que nunca seriam usados por cá, relativamente a políticos nacionais, porque ... o medo guarda a vinha e o respeito, a reverência e o temor (de, pelo menos, processos judiciais por calúnia e difamação) pesam muito.
O clímax deste nervosismo agressivo está num escrito cheio de referências a outras pessoas com o título autodescritivo "Adeus decência, até depois". Este título é, aliás, a única coisa interessante, porque se aplica na perfeição ao tom geral do "Expresso" sobre a matéria abordada.
"Liberdade para pensar"?! Nem liberdade, nem pensamento.
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