Não vejo um único motivo racional para a antecipação, em quase mês e meio, da instalação das desenxabidas iluminações urbanas de Natal.
E a que vejo como explicação mais fácil também não é, em si, nada racional: quanto mais cedo elas são montadas, mais cedo as respectivas empresas recebem o pagamento do serviço por parte da Câmara Municipal. Aparentemente, essas empresas são mais favorecidas pelo poder municipal do que os munícipes... que as sustentam.
Habitualmente pirosa, e desagradável à vista, praga da iluminação de Natal traz outro problema: a ligação, irregular e descontrolada, dos dispositivos eléctricos às caixas dos cabos eléctricos. Num país feito de tanta burocracia, ninguém parece controlar essas ligações e todos os anos há relatos de quem viu a electricidade ir abaixo por causa de ligações improvisadas. De que os serviços da Câmara Municipal, que é a entidade contratante, não querem saber.
Esta praga das iluminações natalícias foi acompanhada, este ano, pela intensificação da campanha pré-eleitoral do presidente da Câmara Municipal. Já no ano passado, a criatura tinha dado um ar da sua graça no papel de imperador romano a atirar o pão do "Natal encantado" aos seus súbditos. Agora, a menos de um ano, é tudo em força, e com música. Uma praga, verdadeiramente!
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E o PSD? Será que ainda existe?
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