terça-feira, 29 de outubro de 2024

Isto é uma rua, bloqueada pelo grupo Vamos Mudar


E tem nome: Rua da Botigueira. Fica na (ex-) freguesia rural de Serra do Bouro, em Caldas da Rainha. Há, e nem se vê, uma placa toponímica. 

As ervas foram crescendo e a junta de freguesia (União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro) e a Câmara Municipal de Caldas da Rainha não querem saber. É só mais um exemplo da incompetência da pior gestão municipal que vi até hoje neste concelho, onde resido há mais de vinte anos.

A responsabilidade é do partido unipessoal Vamos Mudar, criado pelo empresário que é, ainda, o presidente da Câmara Municipal para seu proveito pessoal.





domingo, 27 de outubro de 2024

Costa Parte 2

Este governo é como o outro: distribui dinheiro para fixar clientelas eleitorais; aumenta os combustíveis para sustentar o disparate e mantém o estúpido bailarico da mudança da hora.

Valeu a pena ter votado neles para termos só um Costa 2 com ministros igualmente imprestáveis?






sábado, 26 de outubro de 2024

Censura: como não se noticia, não existe

 

Não se noticia, portanto não aconteceu. Este postulado rege a imprensa oficial nacional, a tal que é feita daquilo que, com alguma arrogância, foi chamado jornalismo "de referência": um acontecimento, uma pessoa ou uma obra cultural ou científica deixam de existir se não houver notícias. Encontrei-o, e convivi com ele, em todos os jornais onde trabalhei e, cada um à sua maneira, vi-o defendido e aplicado por directores e outros chefes.

Se já por aqui tenho apresentado exemplos suficientes desta orientação, há mais outro, e bem evidente. Que é o modo como foi ignorada, ou censurada, a realização da cimeira da organização de países conhecida por BRICS durante esta semana.

A designação "BRICS" começou por ser, apenas, "BRIC" para indicar quatro grandes países cujo desenvolvimento económico enfrentava algumas dificuldades em 2001 (Brasil, Rússia, Índia e China). Quando a África do Sul se juntou a este grupo, em 2011, a designação passou a ser "BRICS". Hoje, os países-membros são nove (África do Sul, Brasil, China, Egipto, Etiópia, Emirados Árabes Unidos, Índia, Irão e Rússia) e a estes países juntaram-se agora mais treze com o estatuto de "Estados associados": Argélia, Bielorrússia, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Indonésia, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uganda, Uzbequistão e Vietname.

A cimeira deste ano dos BRICS realizou-se no Cazaquistão (que faz parte da Federação Russa) e o seu anfitrião foi Vladimir Putin, porque a presidência do grupo, que é rotativa, coube este ano à Rússia. 


A cimeira dos BRICS, onde o "global South" voltou as costas ao "colective West" 




O "isolamento" de Putin, aqui na companhia de Xi Jinping (China) e Narendra Modi (Índia)






A Rússia pôs a circular um cartão de débito, para pequenas despesas, num pequeno ensaio de como poderá ser um dos elementos a desenvolver entre os países dos BRICS




Contrastes


No conjunto dos países representados (e ao mais alto nível) na cimeira vivem cerca de 45 por cento da humanidade, três deles estão entre os países mais poderosos a nível mundial (China, Índia e Rússia) e um dos candidatos à entrada no grupo é a Turquia (que faz parte da NATO e que não consegue ser admitida na União Europeia). Um dos aspectos mais significativos foi o lançamento de um processo de pagamentos bancários comum aos membros dos BRICS e o que parece ser o primeiro passo para a já chamada "desdolarização". E outro foi o fim do mito de que Putin está "isolado". Não está, e até se pode ver isso pelo modo como o presidente da China e o primeiro-ministro da Índia, como outros chefes de Estado e de governo, e até o secretário-geral da ONU se juntaram a ele.

Pois esta reunião foi ferozmente ignorada pela imprensa oficial. Quem procurar notícias sobre a cimeira dos BRICS não as encontrará. A lógica é esta: não se dá notícia e a reunião nunca existiu; os chefes de Estado e de governo nunca estiveram com Putin; estes países nem sequer existem. Ou seja: a imprensa oficial fez censura. Porque tudo o que pode ser visto como favorável à Rússia tem de ser ignorado, mesmo que isso implique esconder a verdade.

E é esta imprensa a que o Governo quer apoiar, porque não há público que lhe pegue!


Um pântano


O pequeno Mendes, o almirante, o financeiro Centeno... e agora aparece este.

As eleições presidenciais (e ainda falta mais de um ano!...) estão mesmo a transformar-se num pântano muito mal frequentado.


sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Da morte como glória

Não elogio quem morreu só porque essa pessoa morreu. E quem morre não passa a ser melhor do que foi, nem consegue ser o que não foi.

A morte como passaporte para o estrelato é uma regra mediática idiota, um absurdo tipo Maria-vai-com-as-outras (se o vizinho do lado glorifica o morto, eu tenho de fazer o mesmo...) e, francamente, prefiro a lógica determinista do mito nórdico de Valhala.



quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Como o Governo quer controlar e prostituir a imprensa (4)

 É isto, em ironia certeira de "O Inimigo Público" ("Expresso", 11.10.2024):












"This is the end, my only friend, the end"

A capa da última edição da "Total Film"

27 anos e 356 edições. E agora, "the end" para a revista inglesa de cinema "Total Film" (Future Publishing, Reino Unido).

Aparentemente, a edição em papel já não era sustentável e a última edição da "Total Film" anuncia-o, com notas retrospectivas: "'Total Film''s last ever issue". Resta agora a sua concorrente, a "Empire", que também compro.

Penso que terei começado a comprar a "Total Film" ainda em 2000 e, até agora, era uma das publicações que ainda comprava. Achei-a sempre interessante e informativa, harmonizando a informação, a crítica e a opinião com algum rigor e grande profissionalismo.

Em 2003 ou 2004, tive a oportunidade de conversar com algumas pessoas para fazer uma publicação parecida em Portugal ou, mesmo, criar uma edição portuguesa, num projecto que não teve continuidade. E, mais tarde, em 2011, chegou a circular uma edição portuguesa lançada por outras pessoas, que, no entanto, durou apenas sete meses. 




terça-feira, 22 de outubro de 2024

Como o Governo quer controlar e prostituir a imprensa (3)

 


O anunciado (em linhas muito gerais e ainda indefinidas, uma semana depois) "plano de apoio" do Governo à imprensa mostra que, na prática, tudo se resume ao dinheiro... e às boas intenções. 

Comecemos, neste último apontamento sobre o "plano", pelo dinheiro. 

Na perspectiva de quem gizou o "plano", o problema da imprensa não está na sua adequação aos interesses do potencial público do produto que vendem (ou que tentam vender), mas na sua incapacidade de chegar ao público. Ou seja: a imprensa escrita está bem à vista em muitos sítios, a imprensa televisiva é livre e a impresa on line tem os seus temas e títulos praticamente bem visíveis, com os pormenores reservados a acessos pagos em muitos casos, mas... o público é incapaz de lá chegar. Portanto, há que atirar o produto aos clientes para que eles se interessem. E dar dinheiro às empresas para o fazerem. 

Vejamos este ponto do "plano":





É simpático querer levar "publicações periódicas" para "zonas de baixa densidade populacional" e a "todos os concelhos do País". Mas... que publicações periódicas? Jornais? Revistas de palavras cruzadas e similares? Revistas "cor-de-rosa"? E há público que as queira comprar? E parte do público que possa estar interessado não será já beneficiado pelo desconto governamental nas assinaturas digitais?

É simpático querer dar "formação empresarial" aos órgãos de comunicação social regionais e locais. Mas pensar assim significa ignorar que uma grande maioria das empresas proprietárias desses "OCS" já aprendeu a gerir o seu dia-a-dia ao longo dos últimos anos e que também é por isso que as suas receitas, quando as têm, não têm a ver com as vendas dos seus jornais a consumidores individuais, aproveitando os apoios, directos e indirectos, das câmaras municipais, das outras empresas e de quem tem dinheiro e interesses.

É simpático querer "valorizar" as rádios locais, mas será conveniente, primeiro, saber se têm quem as ouve. A tradição de ouvir rádio perdeu-se, em parte. Quem quer "apoiar" a imprensa sabê-lo-á?

E isto tudo será feito como? Com dinheiro, naturalmente. Para todas as empresas, ou só para algumas? E critérios, haverá?



*

E quanto às boas intenções... Imagino como será interessantes vê-las a serem exercitadas nas salas de aulas.

A formulação, em abstracto, faz pensar em verdadeiras lavagens ao cérebro, do refinado "Novo Plano Nacional de Literacia Mediática" ao "combate à desinformação" (quem é que a define?...), passando pela redução do pagamento das assinaturas digitais, supõe-se que para a população em geral,  e pela oferta de assinaturas ("de jornais digitais generalistas", portanto, apenas de alguns) aos alunos do ensino secundário. Imagina-se o interesse que os jovens terão em ler o "Diário de Notícias" ou o "Expresso"...






Este tipo de boas intenções, sustentadas pelo dinheiro dos nossos impostos, mostra que o Governo pretende, essencialmente, controlar a informação e delegar nas administrações das empresas do sector a gestão dos conteúdos que garantirá as verbas que irá distribuir... mas não a todos.

Não é difícil pensar que um número significativo dos destinários deste "apoio" fará tudo para asseguar que o dinheiro é para eles. 

E não deixa de ser curioso verificar o silêncio dos jornalistas perante este plano de controlo dos órgãos de comunicação social.




Serão burros ou fazem-se?


O ministro da Defesa do Reino Unido e a CNN (a tuga ou a geral?) terão noção de que as forças armadas da Federação Russa são compostas por 1 500 000 militares no activo com mais 2 000 000 reservistas e que "centenas" de soldados (de um exército que o Ocidente ridicularizava) ... bem, não vão "ajudar", decerto.

Já nem dá para perceber se é tentativa pura e dura de desinformar ou, simplesmente, incapacidade de pensar... 





sábado, 19 de outubro de 2024

Como o Governo quer controlar e prostituir a imprensa (2)

 

No seu mal amanhado e apenas esboçado "plano de apoio" à imprensa, ou às empresas titulares de órgãos de imprensa, melhor dito, o Governo anuncia quatro intenções que comvém ver em pormenor e de que só se aproveita a que se refere à RTP.

Comecemos pela televisão que todos nós andamos a pagar:



Apesar de sustentada pelos nossos impostos, a RTP tem sido sempre serviço mais "privado" do que "público", vivendo (no que nos diz respeito) de um imposto escondido que tem a designação cínica de "Contribuição audiovisual". É uma situação eticamente incompatível com a existência de publicidade comercial e com o pendor comercial que predominam nas suas emissões televisivas e com o que parece ser o luxo em que muitos sectores da empresa vão vivendo. 

Esta intenção de acabar com a publicidade comercial, que depois veremos se será concretizada, é a única coisa que se aproveita do "plano de apoio". 


*


Vamos a outro ponto do "plano": um "estudo". 

É típico da política nacional: quando, tendo ou não qualquer perspectiva, um governo quer fazer qualquer coisa que pode ser mais polémica ou temporalmente inconveniente, anuncia um "estudo". Acho que esse estudo (a que se juntará ainda outro, anunciado como "Livro Branco") nunca existirá, ou, a existir, só terá interesse durante alguns dias, no decurso da sua curta vida nas instâncias mediáticas.






*


E vamos à parte mais substantativa: o dinheiro. Veja-se a formulação, baça e pouco esclarecedora, antes do comentário:




Os termos são (propositadamente?) imprecisos. O Governo anuncia dinheiro, na sua lógica distributiva, e pensa que basta. A ideia que terá dos profissionais do sector é capaz de ser mazinha: tomem lá uns dinheirinhos e contentem-se.

Mas o postulado é, todo ele, impreciso, tanto no que se refere à "contratação" de jornalistas como no que se refere à "retenção de talento" ("talento"?!). Não se sabe quanto tempo durará o "incentivo", quais os critérios profissionais ou curriculares para a contratação, quantas contratações serão apoiadas. E nisto cabe tudo. As empresas beneficiadas vão estabelecer os seus próprios critérios de contratação? Integrarão um, ou outro, dos estagiários que exploram? Vão procurar profissionais competentes ou simples militantes de opinião politicamente alinhados? Aceitarão sugestões de quem lhes paga o "incentivo"?

É tudo demasiado nebuloso e não devia ser. Mas, sendo, só confirma que este "plano" servirá para limitar a imprensa de que o Governo não gosta e favorece as empresas e os jornalistas que o tratarem bem.



*



Atente-se, agora, na salada que se segue, relativamente a outros "apoios":



 
A intenção da "contratação do primeiro jonalista" é pouco clara, mas não pode deixar de ser traduzida em mais dinheiro para as empresas. 

Tal como no ponto anterior, em matéria de critérios, temos de novo uma total ausência de pormenores. Ao abrigo destes postulados, qualquer empresa do sector poderá contratar amigos, afilhados, colegas de partido ou seja lá quem for. E sem controlo algum, o que é, além do mais, chocante, porque o que está em causa é a utilização de dinheiros públicos.

O "Plano de Ação para a Segurança dos Jornalistas" serve para quê? E qual é a "segurança"? É segurança física ou económica? E por que carga de água é que os jornalistas merecem que o Governo se ocupe da sua "segurança" e as outras profissões (que também não têm os suplementos da função pública) não?

O anúncio da "formação para jornalistas" é vago.  Qual é a sua intenção? Qual é a modalidade? Não são já os jornalistas, enquanto carreira, formados, ou seja, possuidores de formação superior? Ou o Governo considera que essa formação é tão débil, que quer "formá-los" ainda mais? Ou a "formação" que quer oferecer é o controlo do que pensam e do que escrevem?

E, finalmente, o que já disse sobre os "estudos" justifica ainda que repita a dúvida: para que raio é considerado necessário um "Livro Branco sobre a Inteligência Artificial aplicada ao jornalismo"?! De que é que o Governo tem medo? Porque é que tem de ser o Governo a meter-se na relação entre a Inteligência Artificial e o jornalismo?!







sexta-feira, 18 de outubro de 2024

O entusiasmo dos chefes militares ucranianos...

 ... relativamente ao "plano de vitória" de Zelensky está aqui bem visível, nesta imagem captada durante o discurso delirante do presidente-comediante no Parlamento de Kiev. Na primeira fila, à esquerda, vê-se bem a expressão de confiança do chefe militar Sirsky, que esfrega as mãos a fazer de conta que aplaude o ainda chefe civil.


Dá ideia de que estão todos a pensar "Estamos bem fodidos!"





quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Como o Governo quer controlar e prostituir a imprensa (1)

 

Semanalmente, compro dois jornais (e de um deles direi que ainda o compro). Mensalmente, compro duas revistas inglesas de cinema e uma revista portuguesa de vinhos (e não compro a outra, porque não confio nos seus critérios). 

Vejo, todos os dias, as primeiras páginas dos jornais num site que as mostra. Visito o site de uma televisão portuguesa e os títulos principais de um jornal on line, de que já fui assinante e onde agora me recuso a meter um cêntimo que seja. Também visito os sites de órgãos da imprensa estrangeira.

Nestes meus périplos diários, não encontro uma única primeira página na imprensa nacional que me atraia a comprar seja que jornal ou revista for. Nem notícia que ache fundamental pagar para ver na íntegra. E não frequento os telejornais, que me repugnam.

A minha curiosidade, enquanto cidadão e enquanto ex-profissional da comunicação, fica satisfeita com este mínimo informativo nacional. Nada existe que me esclareça mais em pormenor e nunca me senti prejudicado, ou menos esclarecido, por haver notícias de que só poderei ver os títulos (e alguns leads mal amanhados) se não pagar para ver o resto. 

O que mais vejo (textos mal escritos, sem informação objectiva, geralmente afectados por preconceitos e vieses inaceitáveis numa imprensa livre que está dominada pela espuma dos dias) não me leva a gastar mais dinheiro neste sector, mesmo podendo fazê-lo. 

Se eu procedo assim, imagino facilmente o que podem pensar os meus compatriotas que se bastam com os telejornais e com as suas notícias de poucos minutos, que poucos perceberão, e/ou que nem sequer espreitam as primeiras páginas da imprensa on line ou em papel.

Sendo isto assim, a culpa da crise da imprensa (onde me parece que já nem as receitas da publicidade compensam a inexistência de vendas) é deles? E minha?

Não, não é. 

Tomemos outra situação. Vivo no litoral, nos arredores de uma pequena cidade do interior a cem quilómetros de Lisboa. À cidade falta-lhe algum comércio. Mas pela internet consigo ter quase tudo aquilo que me poderia obrigar a ir a Lisboa (ou mais longe, como livros em edições inglesas ou americanas). É possível que as lojas diversas onde vou fazer compras on line não precisem deste comprador, mas o certo é que as compras são feitas, entregues e, na grande maioria dos casos, o processo até corre bem.

Não me compete (nem tenho informações para tal, nem paciência para o tentar fazer) descobrir qual a melhor maneira de a imprensa poder ter mais consumidores/clientes e, sobretudo, consumidores/clientes que paguem, mas há uma coisa que tenho como certa: não é por atirar dinheiro e algumas vantagens mais visíveis para a empresas do sector e alguns profissionais que esse objectivo se alcança.

Mas é isso que este governo, este lamentável governo, quer fazer com o seu mal alinhavado "plano de apoio" à imprensa. É uma estupidez, com uma intenção controleira malévola. Como a seguir demonstrarei.



segunda-feira, 14 de outubro de 2024

A imprensa do lugar-comum: "colocar", "disparar", "icónico" e... o querido Pedro Nuno

Houve uma época em que na imprensa se escrevia bem o português. Com criatividade, com imaginação, com estilo, com conhecimento da língua. Inovando, até. 

Tudo isso morreu. E hoje o que predomina é uma linguagem banalizada, estereotipada, com títulos sem rasgos de imaginação nem criatividade, uma "língua de pau" monocórdica e acrítica.

Os melhores exemplos acabam por ser o uso, imoderado e "fast food", de verbos e palavras que se repetem e reproduzem sem nexo e sem qualquer tipo de reflexão, como os verbos "disparar", "seguir" (em vez de "continuar") e "colocar" (o que aconteceu ao mais simples e mais directo "pôr"?!), o substantivo "icónico" e, até, a forma de tratamento de um político.

Na generalização de "Pedro Nuno" para designar o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, ninguém parece incomodar-se com a banalidade que denota uma admiração, ou familiariedade, ou qualquer outro tipo de intimidade. 

Ninguém, dos muitos que nesta triste imprensa, recorrem ao familiar "Pedro Nuno" como se estivessem a falar de um parceiro de cama, se interroga sobre o que isto faria pensar, se a imprensa tivesse um público crítico (mas não tem público, e o pouco que ainda tem nem parece ser crítico): porquê esta tão grande intimidade nas relações entre o poder político e os jornalistas? 

E é para esta imprensa que o lamentável governo que temos quer atirar dinheiro dos nossos impostos. 




sábado, 12 de outubro de 2024

"Pode", "poderá", "deve manter-se": uma palhaçada que nos sai cara

 



Os gajos adoram estas coisas: a evocação das máscaras, chuva no Outono (e no Inverno, e calor no Verão) e uma caravana de variações do verbo "poder", com previsões do que se "esperava"... e que "acabou por não se verificar".

É a isto, este jornalixo, este jornalismo que deixou de ser jornalismo, que o Governo quer entregar o dinheiro dos nossos impostos.



sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Os presentes envenenados do PSD que gostaria de ser PS


Nada de novo, portanto.

É a mesma receita de sempre, aplicada invariavelmente pelo PS e pelo PSD que gostaria de ser PS: o Governo distribui dinheiro por quem esbraceja, por quem precisa e por quem pode votar nele e depois vai recuperá-lo nos combustíveis.

Este governo torna a fazer de quem anda de carro próprio (por necessidade, por gosto, porque não tem transportes públicos nem dinheiro para os milagrosos eléctricos) a vaca leiteira das contas públicas e dos seus objectivos privados.

Não gosto realmente deles.




quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Promoção

 

O presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha aparece 9 (nove) vezes no conjunto das fotografias publicadas nas 32 páginas da edição desta semana (9.10.2024) do "Jornal das Caldas".








terça-feira, 8 de outubro de 2024

Um mistério com nome

Não consigo perceber a lógica de "copy/paste" deste tipo de notícias alarmistas do "Observador" que, normalmente, dão mijarete e que, bem esprimidinhas, vão todas dar ao site de geógrafos que é o espanhol Meteored. Ou seja, na prática, é essa coisa a determinar o que escrevem, ou assinam, as duas criaturas do "Observador" e a agência Lusa que aparecem nisto.

E menos ainda percebo como é que uma directora-adjunta desse órgão de comunicação social (onde ainda mandam duas pessoas que exerceram o jornalismo com inteligência assinalável) assina, ou, pior ainda, escreve este tupo de incursões no domínio das profecias apocalípticas. Nunca pensei que pudesse existir uma jornalista especializada em "rios atmosféricos".

Mas, enfim, depois da "paixão" pela arqueologia, reparem no seu movimentado percurso profissional: que tipo de instabilidade é que a terá levado a estar tão pouco tempo em cada lugar? E será a mesma que a extasia na descrição delirante de um tempo que é normal para a época?












sábado, 5 de outubro de 2024

Não gosto deste governo, nem deste circo político-televisivo


Não gosto deste governo. Votei neles, na AD que o PSD e o CDS formaram sob a liderança de Luís Montenegro, mas não gosto deste conjunto de personalidades que parecem arrivistas políticos, sem ideias próprias e claramente embrenhados na opção, que tinha sido característica única do PS até agora, de dar dinheiro a toda a gente... e depois logo se vê.

Não gosto destas estranhas negociações entre os chefes do PSD e do PS (e o querido da imprensa, o "Pedro Nunes", é um desastre) sobre o Orçamento de Estado, feitas no palco das televisões, reduzidas a uma suave altercação de feira em torno de despesas mesquinhas.

Não gosto desta bandeira do "IRS Jovem", que é um simples acto demagógico e discriminatório, beneficiando (contra o resto do País) os jovens entre os 18 anos (e porque não 17? ou 19?!) e os 35 (e porque não 34? ou 36?!) anos.

Não gosto do circo político-televisivo em que o País se transformou, dos mais baixos escalões da política às eleições presidenciais.

Merecemos, claramente, uma catástrofe e será irónico que a venhamos a sofrer mais por efeito das crises externas do que pela nossa mesquinhez congénita.



Zero.