Existem no concelho de Caldas da Rainha duas comunidades de imigrantes que me parecem ter um peso assinalável na região: imigrantes de outros países europeus (Reino Unido incluído), reformados, ainda a trabalharem ou que aqui arranjaram outras ocupações profissionais, e que são, sobretudo, das classes média e alta e que procuram habitações fora da cidade; e imigrantes vindos de países africanos e, agora, também do Brasil (estes de estratos sociais e económicos diferenciados) que parecem, sobretudo, fazerem trabalhos menos qualificados.
A primeira comunidade é visível na zona rural onde moro, no ginásio que frequento e em lojas e supermercados. A segunda parece ser menos visível nestas áreas específicas.
Num levantamento empírico, onde moro e com base no perímetro que posso percorrer nos passeios a pé com os meus cães, encontro uma maioria de agregados familiares vindos do estrangeiro (europeus), em número de 15; os agregados familiares de nacionais ficam-se pelos 13; tenho dúvidas relativamente a três casas.
Julgo que a presença destas comunidades é altamente favorável e positiva para o concelho, e em qualquer concelho, pelo menos nos aspectos económico, social e cultural. Dinamizam a actividade económica, ajudam a arejar as mentalidades e talvez estimulem as actividades culturais.
É significativo, porém, que não exista qualquer tipo de estudo, ou de análise, sobre esta realidade.
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Vale a pena recordar que a única tentativa feita foi a de criar uma "Carta Local de Comunidades Estrangeiras", ainda em 2019, que produziu uma coisa mal amanhada e sem qualquer efeito prático, paga pelo erário pública e envolta numa confusão que nunca foi esclarecida (e eu tentei). Sobre a coisa escrevi aqui e aqui.
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