Durante dois ou três anos paguei, como "assinante" do jornal on line "Observador" para poder ler algumas das suas matérias (notícias e opinião) que estavam fechadas ao público que não quisesse pagar.
A minha "assinatura" acabou há dias e não a renovo.
Aceito que um órgão de comunicação social tome partido (seja lá pelo que for). Mas a posição que quiser assumir deve ser objecto de uma opção editorial clara em termos de opinião por parte da sua direcção.
Não é esse o caso do "Observador", que, subjectiva e objectivamente, tomou partido (e não na sua opção editorial, mas nas notícias) em dois momentos que são essenciais nesta nossa realidade do pensamento único dominante: na ex-pandemia do SARS-CoV-2 (que já é endemia) e na promoção do medo, e também na crise ucraniana, em que alinha sem rebuços pelo governo de Kiev.
Notícia é notícia, opinião (em artigos de opinião ou mesmo em reportagem) é opinião. Infelizmente há quem, no "Observador", já não respeite essa distinção, como respeitava, e praticava, noutros tempos da sua carreira profissional.
Se aceito pagar para ter jornalismo, já não aceito pagar para ter jornalixo. É o que "Observador" nos vende agora. Eu, por mim, já não compro.
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