sábado, 19 de fevereiro de 2022

Escritor, sim; tradutor é que já não

Quase ao mesmo tempo, perguntou-me um leitor por que motivo é que eu tinha retirado a expressão "Escritor e tradutor" daqui do blogue, onde figurava por baixo da minha fotografia, enquanto me chegava uma proposta de tradução, por sinal de uma editora com que eu ainda não trabalhara.

Acontece que a referência à minha actividade profissional de tradutor (2007 - 2021) já estava a mais porque, nessa área, reformei-me. 

Foram 14 anos de trabalho, com mais de 100 livros traduzidos e, em geral, uma boa relação com interlocutoras e interlocutores altamente competentes e com empresas que sabiam respeitar os seus compromissos, apesar de todas as dificuldades. 

Portanto, não faço mais trabalhos de tradução, não se justificando a referência.

Quanto a "escritor", sim, é verdade que o sou. Foram 11 romances publicados desde 2004 até 2021 ("O Último Refúgio"), com traduções em França e em Espanha e... pode haver mais? Talvez. Como disse Michael Corleone: "Just when I thought I was out, they pull me back in!". De qualquer modo, a referência não ficou onde estava, e agora sozinha também não ficou, porque a designação de "escritor", convenhamos, anda muito desvalorizada. 



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