quarta-feira, 31 de julho de 2019

Porque detesto os CTT (142): sempre a mesma merda

Uma carta com a conta de um operador de televisão enviada em 19 de Julho só me chegou hoje, tal como uma carta de uma seguradora, enviada em 20 de Julho. 
E isto depois de uma semana sem correio.

domingo, 28 de julho de 2019

Prato de Petri

Na Assembleia Municipal de Caldas da Rainha, que devia ter transmissão televisiva como em tempos alguém muito bem sugeriu, diz o representante do PCP: "Todos queremos que [um novo hospital no Oeste] seja nas Caldas, mas se calhar agora não é oportuno dizê-lo, temos que ter algum cuidado".
Como exemplo de transparência na política é realmente interessante. Bem andou, por uma vez, o presidente da Câmara, que lhe respondeu: "Não fica bem a um autarca dizer algo que não pensa." Ena!...
Desta espécie de microcultura de coisas estranhas dá notícia a "Gazeta das Caldas" desta semana que, para variar, também acrescenta uma peculiaridade: "preponente". Que será, como se sabe, quem apresenta uma preposta ou prepõe qualquer coisa…



quinta-feira, 25 de julho de 2019

É que não conseguem fazer mesmo nada bem feito!...


Uma actividade "radical" qualquer, feita a pé, encheu a região de fitinhas cor-de-laranja. Puseram-nas com grande afinco. Por um extraordinário acaso, tiraram-nas logo no dia seguinte.
Mas, já era bom de mais, não tiraram tudo. E lá ficou um vestígio, não reciclável. 





Ontem, na ponta de um terreno que está discretamente para venda com uma ruína dentro, alguém (Câmara Municipal, Junta de Freguesia?) veio espetar um "aviso" numa folha A4 para a tal limpeza das matas que, oficialmente, impede os incêndios florestais. 
E é verdade: o terreno está inteiramente coberto de vegetação, tal como esteve em 15 de Outubro de 2017 quando as chamas do grande incêndio local estiveram a um triz de, subindo por essa vegetação, ameaçar a minha casa e a de um vizinho.
Curiosamente, o aviso só foi posto numa das extremidades do terreno. No restante, onde o desmazelo é mais gritante, não há avisos. Nem seriam necessários, note-se, se a Câmara Municipal e a GNR fizessem (bem) o seu trabalho e fossem directamente ter com o proprietário. Cuja identidade só não descobrem porque não querem.
Mal feito, portanto.
Tal como a localização do pau com o aviso: em cima de um monte de canas e outra vegetação seca, que ali ficou à espera de um qualquer descuido depois do corte de vegetação determinado… pela Câmara Municipal de Caldas da Rainha.







quarta-feira, 24 de julho de 2019

Mais traduções minhas

… publicadas desde o início do ano.
E há mais a caminho, entre as quais "Adorno in Neapel", de Martin Mittelmeier (Temas e Debates/Círculo de Leitores), "One Hundred Miracles: A Memoir of Music and Survival", de Zuzana Růžičková e Wendy Holden (Vogais).



A República dos Espíritos Livres 
(Jena 1800 - Die Republik der freien Geister)
Peter Neumann
Temas e Debates/Círculo de Leitores


Leonardo da Vinci e as Mulheres 
(Leonardo da Vinci und die Frauen)
Kia Vahland
Temas e Debates/Círculo de Leitores


A Idade das Descobertas 
(Age of Discovery)
Ian Goldin e Chris Kutarna
Temas e Debates/Círculo de Leitores

sábado, 20 de julho de 2019

A censura (ainda) escondida

Veja, leitor, a pequena notícia com vídeo a que este link o conduz e depois faça-me o favor de ler o seguinte:

1 - Na notícia não se escreve que a "família" citada é de etnia cigana.
2 - No vídeo, porém, é manifestamente óbvio que os "zaragateiros" são de etnia cigana, pelo modo como se vestem (sobretudo as mulheres, obrigadas a vestirem-se por normas que os códigos legais portugueses não acolhem).
3 - É sabido, pelas regras comuns de experiência (fórmula que a jurisprudência acolhe), que este tipo de distúrbio é, em geral, provocados por grupos familiares ciganos. Podiam ser negros a fazê-lo ou brancos mas, nesse caso, também as regras comuns de experiência mostram que seriam grupos da chamada criminalidade organizada e com armas de fogo. Não é, manifestamente, o caso.
4 - Ao omitir um elemento fundamental (a tipicidade do comportamento), o jornal (o sacrílego "Correio da Manhã") está a fazer censura. E não há que ter medo das palavras: é censura.
5 - A imprensa escrita está mergulhada numa crise da qual, acredito eu, já não sairá. Este tipo de omissão da realidade (que as redes sociais põem, e por vezes mal, a descoberto) não credibiliza os jornais. Nem os jornalistas. Não leva a que se comprem jornais.
6 - Não é por uma notícia, de um acontecimento fortuito, se referir à característica da etnia que á sua "personagem" que vamos, no limite, ter campos de concentração e de extermínio para as minorias. O que já vamos tendo é o constrangimento da liberdade de imprensa e em sentido absolutamente negativo. A repressão das liberdades é sempre um perigo. E, sempre, apenas um começo.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Ciganos



O grupo era, tanto quanto me recordo, composto por um homem mais velho de barba e que parecia ser o líder e por dois mais novos, talvez pai e filho. Havia duas mulheres, uma mulher mais jovem e numerosas crianças.
Instalaram-se em duas mesas corridas de um restaurante ainda em começo de vida e mandaram vir, pelo menos, duas doses e depois uma terceira de um prato de mariscos que é servido numa travessa enorme com uma grande variedade.
Os pratos demoraram um tempo razoável a sair e o grupo esteve a comer e a beber até se concentrar, depois, no que pedira. É normal, é o que toda a gente faz.
Mas a “normalidade” pára no que se refere às crianças. Com menos paciência para esperarem, foram também petiscando… e começando a deixar cair e a atirar coisas, e comida, para o chão. Guardanapos, talheres, pão… À volta da mesa começou a formar-se um verdadeiro campo de destroços.
E os adultos, perguntará o leitor, como é que intervieram? Não intervieram.
Eu já vi, em restaurantes, crianças a berrarm, a querem subir para cima da mesa, com fúrias e recusas em comerem. E a deixarem cair coisas, ou a atirá-las, para o chão. Mas sempre vi os adultos a a reagirem e a tentarem meter a miudagem na ordem. A indiferença, como nessa noite, é que nunca tinha visto.
O grupo acabou de comer, pagou e foi-se embora. Normalmente. Só que ninguém apanhou fosse o que fosse. E ninguém pediu desculpa aos pessoal do restaurante. O cenário que deixaram foi lamentável e o desconforto que todos os restantes clientes, e o pessoal do restaurante, sentiram pareceu-me unânime.
O grupo era cigano. Durante o período de mais de uma hora em que o espectáculo foi decorrendo, foi impossível não deixar de reparar no que ia acontecendo e nas características étnicas e sociais dos seus membros.
Ao longo da minha vida de espectador de birras infantis (dos filhos dos outros) em restaurantes, não tenho memória das características raciais dos respetivos pais e adultos acompanhantes. Porque o comportamento das crianças não foi além do “normal” e, na maior parte dos casos, terá sido reprimido e corrigido, no todo ou em parte. Os desmandos nunca prenderam tanto a minha atenção.
Mas o que vi naquele restaurante foi completamente inédito: a indiferença dos adultos perante o que as crianças iam atirando para o chão.
Os leitores mais sensíveis poderão dizer que não é por a família ser cigana que a coisa aconteceu. E poderão não inferir daí outros comportamentos (também o farão onde vivem, atirando tudo para o chão?). E, tendo razão, não podem evitar o facto: uma família cigana que, num restaurante, deixou as crianças atirar tudo (e comida, também) para o chão em absoluta indiferença.
Quando eu descrevo o que aconteceu, num órgão de imprensa (como neste caso) ou num livro, tenho de ser realista e descrever a situação com um mínimo de pormenores. E esses incluem a própria condição étnica da família. O modo como atraíram as atenções dos restantes clientes levou ao seu escrutínio. Era impossível não reparar.
E o facto de eu escrever isto é racismo? Não. Racismo seria eu concluir que os filhos pequenos dos ciganos se caracterizam por atirarem comida para o chão, sem apanharem o que caiu. E não foi isso que eu escrevi. Referi-me a uma ocorrência em concreto, que recordo sempre que vou àquele restaurante, de que gosto muito.
Hoje em dia, infelizmente, o relato jornalístico omite, intencionalmente, a etnia, sobretudo quando os comportamentos são contrários ao padrão social. Com isso, misturando a ingenuidade com o militantismo tonto, faz de conta que está a ser anti-racista. E não está, está é a esconder a realidade.
En Fevereiro do ano passado, um hospital da segunda maior cidade portuguesa foi assaltada por um grupo familiar por qualquer motivo relacionado com o atendimento de um membro da família. Os invasores agrediram enfermeiros, fizeram alguns desmandos e foram-se embora. As notícias sobre este caso nunca contiveram qualquer referência à etnia da família… até ao momento em que, dias depois, o líder da comunidade cigana portuguesa pediu desculpas publicamente pelo que acontecera. E nessa altura, milagre dos milagres, revelou-se a etnia dos assaltantes: eram ciganos. Afinal, já podiam ser!
É pela omissão, garante quem ainda gosta da censura à informação que se combate o racismo. Mas não é. A censura nunca combateu nada eficazmente. Pelo contrário, só suscitou o desejo de ser combatida.

(Publicado no Portugal Digital)

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Antes a morte que tal sorte?

De uma das cadelas já aqui comecei a contar a história. Como também contei, desapareceu de vista, enfiada em alguns esconso, mas às vezes ouvia-a ladrar, desesperadamente. 
Não a tenho ouvido, mas já a pude ver, uma vez: de pelo completamente desgrenhado, a coxear. É fácil imaginar como está a ser (mal)tratada.
A outra está assim, ultimamente mais quieta e calada. Exposta à humidade que tem estado, sem sol, sem tecto, enrodilhada como se já fosse ela, que talvez deva ter mais de dez anos, num trapo infecto.
Quem trata assim os animais merecia pior. E eles, os pobres animais, chegam a uma situação destas em que, falhando o bom senso e as autoridades (o SEPNA foi alertado em 25 de Março, mas ainda não apareceu…) talvez a morte seja preferível a tal sorte.





Ler jornais já não é saber mais (58): a mediocridade do lugar-comum

Por preguiça, falta de imaginação (ou seja, falta de criatividade), ignorância da língua ou outro qualquer motivo, igualmente pouco abonatório, a imprensa nacional cristalizou-se em palavras e expressões das quais já não se desprende, do "alegado" (ou "alegadamente") ao "arrasar".
Hoje, terça-feira, o "Correio da Manhã", o "Jornal de Notícias" e o "i" (três da meia-dúzia de jornais diários que ainda vão saindo em papel) afinam, nas suas primeiras páginas, pela mesma mediocridade jornalística (?).







segunda-feira, 15 de julho de 2019

Não gostam?


Admito que haja quem não goste do que eu escrevo. Faz parte das regras da democracia e da liberdade de expressão e de pensamento. 
Mas, se não gostam, portem-se como homenzinhos: ponham na borda do prato.





Mudem-nos de sítio, e já!...


Espero que, em nome do anti-racismo, o PS, o PCP e o BE sejam coerentes e comecem a organizar um Plano Nacional de Migrações Internas e de Repovoamento, para espalhar melhor a população e as suas várias etnias pelos vários concelhos nacionais, com quotas bem definidas.
Por exemplo, para levar brancos de Rio Maior para a Amadora e negros da Amadora para Rio Maior, equilibrando assim a demografia. 
Até há experiências históricas, consideradas muito boas pelos governos que as organizaram, que podem inspirar este Governo "das esquerdas". Em tempos chamavam-lhes "deportações", mas agora podem inventar um nome mais modernaço.

domingo, 14 de julho de 2019

Notas de prova


Mundus — Branco Selected Harvest 2015 — Vinho Regional Lisboa
Verdelho e Moscatel Graúdo
Adega Cooperativa da Verdelha (Cadaval)
12,5% vol
Bom!

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Notas de prova


Cavalo Negro - Tinto 2018 Reserva - Vinho Regional Tejo
Castelão, Trincadeira e Aragonez
Parras Vinhos (Maiorga, Alcobaça)
13% vol.
Muito bom.

Animação de Verão


   
Eis uma das componentes da animação de Verão de Caldas da Rainha: o lixo.
   
Pendurado das árvores e dos postes, lá posto por mãos rápidas a pendurar toda a porcaria que depois não tiram. 
Ninguém se importa. Não se importam com os plásticos que depois ficam no solo, com os restos que ficam pendurados até que o mau tempo os faça desaparecer de vista (mas não do ambiente), com as receitas perdidas (esta ocupação do espaço público para fins comerciais é de taxas e de multas), com o mau aspecto, com a imagem de desmazelo oferecida aos visitantes.
Não há "greve" de estudantes, não há juras de "embelezamento", não há varelas e troca-Tintas do mesmo jaez que resolvam o problema.
Mas é possível que esta gente ache tão natural fazer isto como natural talvez seja, para eles, atirar o lixo para o chão, escarrar na rua, não tomar banho, pentear-se com o garfo com que come, assoar-se aos dedos, não limpar o rabo nem lavar as mãos. 











quarta-feira, 10 de julho de 2019

Notas de prova


Castelo de Azurara - Tinto 2012 Reserva - DOC Dão
Touriga Nacional e Alfrocheiro
Adega Cooperativa de Mangualde (Mangualde)
13% vol.
Muito bom.

Notas de prova


Barbusano - Tinto 2016 - DOP Madeirense
Aragonez e Touriga Nacional
Quinta do Barbusano (São Vicente, Madeira)
12,5% vol.
Bom.

Notas de prova


Casa das Gaeiras - Tinto 2018 - DOC Óbidos
Touriga Nacional, Tinta Roriz e Syrah
Parras Vinhos (Maiorga, Alcobaça)
14% vol.
Muito bom!
(Bebido no restaurante O Recanto, em Caldas da Rainha, 
a acompanhar cabrito assado.)

terça-feira, 9 de julho de 2019

Porque detesto os CTT (141): 12 dias de atraso

Quando não é greve, é sabe-se lá o quê; quando não é uma coisa, é outra; vontade de trabalhar não é certamente. O que dá a que, de repente, chegue uma mão-cheia de correspondência à caixa do correio, que esteve algures a acumular-se e... sabe-se lá o que não terá sido perdido.
A conta da electricidade chega com 12 dias de atraso e, entre o resto da correspondência, não há nada que tenha sido enviado depois de 1 de Julho. Estamos, note-se, a 9 de Julho.
Uma bela merda, este serviço dito público...

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Ler jornais já não é saber mais (57): o regresso da censura


Maria de Fátima Bonifácio é historiadora e professora doutorada, sendo investigadora-coordenadora do Instituto de Ciências Sociais (Universidade de Lisboa). Tem mais de uma dúzia de livros publicados. E tem direito a expressar a sua opinião, que é decerto bem fundamentada.
Publicou um artigo de opinião no matutino "Público". Quem manda neste jornal abriu-lhe as suas páginas, reconhecendo-lhe com certeza mérito suficiente para aí escrever.
O texto (aqui disponível) indignou uns leitores e terá suscitado a concordância de outros leitores. Eu li-o agora, achei-o interessante e relevante e uma opinião a ter em conta. Não vi nele insultos, desonra de alguém ou apelos à violência. 
Estranhamente, o director do "Público" resolveu tomar partido na (pequena) polémica. E de forma pública, condenando texto e autora e declarando-os "racistas". Deixando, no fim, o que parece ser uma ameaça: o "Público" vai vigiar mais os textos que lhe chegam. Ou seja, vai fazer uma verificação prévia que permita estribar uma decisão sobre a sua publicação. Ou seja, um exame prévio.
Em termos práticos, o que é insultuoso neste caso é a tomada de posição do director do "Público". Porque ela é feita contra a liberdade de imprensa, ressuscitando abertamente um mecanismo censório.
A liberdade de expressão e a liberdade de imprensa permitem e estimulam a polémica. (E, já agora, a polémica vende jornais.) Quem discorda, diz de suas razões. Quem concorda, também o pode fazer. A democracia é isto. Ou melhor: era. 
Porque o "fascismo" não acabou em 25 de Abril de 1974. Está agora a ser recuperado, e sem subtilezas, pelas "esquerdas" que, directa e indirectamente, chegaram ao Governo.


sexta-feira, 5 de julho de 2019

Eu não preciso da televisão


Ou, melhor, eu não preciso da televisão que temos: da RTP, da SIC, da TVI, da CMTV.
Nem dos chamados canais temáticos como o AXN, a Fox, o melancólico AMC, o errático SyFy e o ex-elitista TV Séries (que já cancelei), nem dos canais de cinema. 
Mas tenho o serviço de televisão enfiado num "pacote" de telefone fixo, de telemóveis e de Internet. E, sim, desta é que realmente necessito.
Nos últimos anos, fartei-me do "jornalismo" dos canais ditos generalistas, da sua prosápia, das suas asneiras em série, dos mais variados atropelos a tudo o que é bom senso. Fartei-me do primado do futebol, dos comentadores, dos intermináveis directos. Dou-me bem com a informação vagamente jornalística que vou pescando, de arrasto e à linha, pelos domínios do on line. E tenho pouco tempo para os canais realistas tipo Odisseia, História, National Geographic ou Travel ("Hotel Impossible"!).
O meu interesse pelas séries televisivas de qualidade consolidou-se e evoluiu, quer na qualidade quer nos meios de acesso: depois dos canais de séries, depois dos DVDs, passei, mais recentemente e de forma directa, à Netflix e à HBO. 
E o cinema? Pois, às vezes, um ou outro filme, e no televisor, porque, no concelho onde resido, não saio para ir ao cinema, onde teria de ficar entalado em salas onde nem espaço tenho para as pernas. E o cinema que hoje em dia se faz?... Não me entusiasma, nem em termos absolutos nem em termos relativos. O que aqui já escrevi continua actual: um filme em cinema, que se vai ver e de onde pouca gente desiste, é uma novela, ou um conto; a série de televisão corresponde ao romance, com tempo para a história ser bem contada e, muitas vezes, com mais liberdade. 
Não devo ser caso único, claro. Mas se há pessoas que se contentam em ver este tipo de entretenimento em computadores e até mesmo em telemóveis, eu prefiro desfrutar das melhores condições que posso obter e tive de fazer um "upgrade" do televisor.
Vale a pena, com isto tudo, manter o serviço de televisão? Começo a duvidar. 


quarta-feira, 3 de julho de 2019

Ler jornais já não é saber mais (56): a crise bem expressa





A maçuda e pretensiosa "Revista do Expresso", do mais pretensioso de todos os jornais portugueses, mostrou na sua edição mais recente (29/06/2019) uma outra face da crise que afecta a generalidade da imprensa nacional.
Foram selecionadas 50 criaturas que, espalhadas por 15 páginas, são apresentadas como os (mais?) "poderosos, influentes, inovadores, provocadores e consagrados que marcaram a nossa vida no último".
Esperar-se-iam retratos jornalísticos: o que são (com maior pormenor) essas pessoas, o que valem, quanto valem, o que irão fazer, as suas possibilidades de manterem a sua condição de "poderosos", o que influenciam e quem, qual a sua relação com o poder político e económico.
Não é o que acontece, e o que se encontra nas 15 páginas são elogios, de todas as formas e feitios e alguns nada transparentes, onde todos os elogiados são uns amores de pessoas, elogios esses que, numa perspectiva geral, não parecem ser nada inocentes, ou "objectivos".
O jornalismo, no entanto, não é isto.
A crise (económica, institucional, de competências, profissional, de imaginação e criatividade) da imprensa nacional está bem expressa nesta lastimável opção. 
E só gostava de saber o que pensam algumas pessoas que, supondo ainda estarem vivas e sobreviventes nestes meios, conheci noutros tempos como sendo defensoras de um jornalismo de valores absolutos.

segunda-feira, 1 de julho de 2019

Do melhor que houve


É possível que haja outras séries assim saídas dos estúdios da Marvel no futuro Disney+. É possível que a DC consiga fazer algo parecido, ou melhor ("Titans", talvez?...).
Mas nada, na relação das histórias de super-heróis com o audiovisual (e com a devida vénia a Christopher Nolan), conseguiu até hoje ser melhor do que este conjunto de séries que a Netflix promoveu, para depois deixar cair, talvez para não estar a promover o que outros (a Disney) iriam aproveitar.




"Daredevil" ("Demolidor")

"The Defenders"



"The Punisher" ("O Justiceiro")


"Jessica Jones"



"Luke Cage"

"Iron Fist" ("Punho de Ferro")