quinta-feira, 21 de julho de 2016

Reconstruindo "Orange is the New Black"




aqui me referi a "Orange is the New Black", a série ligeiramente iconoclasta em que ninguém parece ter reparado em Portugal: baseada no drama pessoal de uma jovem condenada por ajudar a traficar droga, relata a sua chegada e a sua estadia numa prisão, em cumprimento da pena.
A série, na sua origem, é talvez mais cómica do que dramática e nisso afasta-se do texto original do livro, com o mesmo título, da jovem Piper Chapman que, apesar de tudo, não cumpriu uma pena muito pesada.
Perante essa divergência, e com o livro (no tom e no conteúdo) a esgotar-se, os produtores da série fizeram na terceira temporada uma inflexão inteligente: deixaram Piper em roda livre (agora a lançar um negócio de cuecas muito usadas, a partir da prisão, para os entusiastas do olfato) e começaram a concentrar-se nos dramas pessoas das outras reclusas. A maior parte já as conhecemos das temporadas anteriores (1 e 2) e esse conhecimento torna mais fácil a aceitação deste novo rumo. Piper (Taylor Chilling), na sua perfeição imaculada, fica para trás e a série desenvolve-se ainda melhor e ganha uma nova vida.

[Vi a temporada três de "Orange is the New Black" numa edição em DVD da Lions Gate Television legitimamente adquirida.]


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