sábado, 16 de janeiro de 2016

35 horas

A polémica das 35 horas de trabalho semanal na função pública não dá dos trabalhadores da administração pública uma boa imagem.
Ninguém (nem as próprias organizações sindicais ou os partidos amigos) consegue explicar por que motivo é que defendem esse regime de trabalho e por que carga de água é que, num Estado que não tem dinheiro para tudo, o seu pessoal há de trabalhar menos horas e deixar o que fica por fazer (e será assim tanto?) para as "horas extraordinárias", mantendo o regime de excepção da ADSE e, na prática, uma garantia de postos de trabalho quase perpétuos.
Fora da administração pública, para os trabalhadores do sector privado, não há semanas de trabalho de 35 horas, não há um sistema de saúde automaticamente melhor do que o mítico serviço nacional de saúde, não há, em geral, as "horas extraordinárias".
E são estes mesmos trabalhadores que, quando precisam de tratar de algum assunto nos serviços do Estado, têm de "tirar o dia" para se adequarem aos horários limitados desses mesmos serviços, onde a tradição e as más memórias dizem que o atendimento é mau, a eficiência é duvidosa e é fácil ver os funcionários a conversarem (sobre assuntos de trabalho?) e a saírem (para o café ou para diligências externas) bem à vista de quem está à espera. 
 
 
"Em luta pelas 35 horas" mas não pelo serviço público

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