O bastonário da Ordem dos Médicos fez uma declaração suficientemente trovejante para merecer o destaque entusiástico do "Diário de Notícias": há "uma saúde para ricos e outra para pobres".
É pena que não tenha tido coragem para ir mais longe: se os "ricos" pagam, no Sistema Nacional de Saúde, o mesmo que pagam os "pobres" (salvo os que conseguem ficar isentos das taxas moderadores), utilizando (em querendo), os mesmos serviços públicos e os mesmo profissionais contratados pelo Estado, estão a disputar aos "pobres" esses serviços e esses profissionais; mas, sendo "ricos", deviam pagar mais, e os "pobres" pagar ainda menos, permitindo que o mítico Sistema Nacional de Saúde adquira mais recursos técnicos e humanos.
Esta discussão vai ter de ser feita um dia e é quase arrepiante perceber o medo que existe (ou a cobardia?) de a fazer...
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