Julgo que sou o único autor a escrever "thrillers" com publicação regular (seis livros em sete anos). Gostaria, no entanto, de estar enganado e de ver mais títulos de autores portugueses e não estou a falar do chamado "'thriller' histórico" ou "religioso", tipo "O Código Da Vinci", que acho execrável.
O país é pequeno mas há "casos" que chegam para inspirar muitas histórias e há, decerto, ideias que cheguem para alimentar muitas outras obras de ficção e, até, séries de televisão e, possibilitem-no as circunstâncias, cinema.
Esta situação, para lá da condenação geral a que deve ser votada a inveja, deveria ser suficiente para impedir atitudes de bloqueio, e talvez de ciúme, por parte de quem se julga proprietário de espaços que apenas lhes são cedidos e de quem, não conseguindo ou não querendo escrever, entende que deve, à cautela, manter lugares cativos para um dia de inspiração divina.
O flagelo nota-se especialmente em sectores mais delimitados (no domínio da "literatura policial" e da "literatura fantástica", por exemplo) e está enfeitado de atitudes que se tornam ridículas, em especial quando são visíveis (e se cheiram) à distância.
Talvez um dia dê exemplos.
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