A propósito desta nota, recebi um e-mail do embaixador Francisco Seixas da Costa, que aqui publico na íntegra:
"Vi que tomou por boa, no que toca ao embaixador de Portugal em Paris, a notícia publicada no CM. Não tenho a pretensão de que possa proceder de forma idêntica no tocante à minha palavra, mas gostava que soubesse que não apenas não fazia a mínima ideia que o engº José Sócrates tivesse tido quaisquer dificuldades na sua entrada para SciencesPo, como nunca tive o mais leve contacto com nenhum responsável dessa instituição com vista a ultrapassar tais alegadas dificuldades. Mas o que é a palavra de um servidor público com 40 anos de exercício face a uma "boca" mediática?"
Respeito este esclarecimento e o ponto de vista afirmado pelo embaixador Francisco Pereira da Costa sobre a questão que envolve o seu nome, devendo também lamentar a "'boca' mediática" que, por abordar também outro assunto, ainda aqui mantenho.
1 comentário:
Apreciaria se pudesse ter a amabilidade de reproduzir a minha carta que o "Correio da Manhã" hoje divulga:
"O “Correio da Manhã” publicou, na passada semana, uma notícia relativa à admissão do Engº José Sócrates no Instituto de Estudos Políticos, na qual se afirmava que o embaixador de Portugal em França “mexeu e remexeu os cordelinhos para permitir a entrada do ex-chefe do governo na universidade”, após uma suposta “terceira recusa” à sua admissão.
Isto não corresponde à verdade. Nunca me foi pedida, nem eu levei a cabo, qualquer diligência para facilitar o acesso do Engº José Sócrates ao Instituto de Estudos Políticos, nem nunca chegou ao meu conhecimento que tenha havido qualquer dificuldade na respetiva admissão naquela escola.
No que me toca, e sobre este assunto, os factos são muito simples e não admito que sejam contestados.
Em inícios de Julho, o antigo Primeiro-Ministro contactou o embaixador de Portugal, porque gostaria de obter uma informação sobre os cursos existentes em Paris, numa determinada área académica que estava a pensar frequentar. Como na altura veio publicado na imprensa portuguesa, foi-lhe proporcionado um contacto com dois professores universitários, que melhor o poderiam elucidar sobre o assunto. A intervenção do embaixador de Portugal neste processo começou e acabou ali.
Só no final de Agosto, quando regressei a Paris, é que vim a saber que o Engº José Sócrates havia escolhido aquela escola e que nela fora admitido."
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