A série televisiva "The Wire" (criada por David Simon e Ed Burns) é, pelo menos, uma das melhores de televisão de todos os tempos e, muito possivelmente, a melhor série "policial" de sempre. Em cinco temporadas, os dois autores passaram em revista o flagelo da droga, o sindicalismo, a escola pública, a política e a comunicação social, criaram personagens inesquecíveis e definiram um novo paradigma para o "thriller" e para o "romance policial" para a televisão do século XXI e para a própria literatura. Em Portugal, a série passou clandestinamente e o desassombro com que abordou certos temas há-de ter contribuído para não receber prémios importantes. Para os mais interessados, acrescente-se que a série existe em DVD, com edição que tem legendas portuguesas.
Desagradando aos poderes instituídos de Baltimore (o cenário de "The Wire"), esta série foi publicamente elogiada pelo presidente dos EUA. E é interessante que, em Maio último, o procurador-geral dos EUA, o "attorney general" Eric Holder tenha "ordenado", num encontro com alguns dos actores da série, que fosse feita mais uma temporada (coisa a que a HBO, possivelmente, não se oporia) ou, pelo menos, uma longa-metragem.
A notícia encontrei-a aqui por acaso e, duvidando de que David Simon (ocupado com outra série, "Treme", em Nova Orleães) o queira fazer, não posso deixar de desejar que isso fosse possível. E e, muito possivelmente, os muitos milhares de fãs de "The Wire". Mas talvez não seja de perder a esperança, no entanto...
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