Há cerca de sete anos, salvo erro, visitei uma parte exposta do subsolo de Lisboa que estava aberta ao público na sede da Fundação BCP e o que vi - restos da urbanização romana de Lisboa que as águas subterrâneas já não cobriam - inspirou-me, também, na escrita de "Ulianov e o Diabo".
Nesse meu segundo romance, as duas principais personagens tinham um contacto directo com o subsolo lisboeta: Ulianov trabalhava nas obras da estação de metro do Terreiro do Paço, a lutar contra a invasão das águas do Tejo, e o Diabo, um sem-abrigo, habitava em subterrâneos à beira-rio (onde hoje existe uma estação de barcos para a Margem Sul).
O que vi e o que fui lendo sugeriu-me sempre que poderia haver no "conflito" de Lisboa com o Tejo (do caneiro de Alcântara à estação de metro do Terreiro do Paço) material suficiente para uma história apocalíptica da submersão da capital.
Foi nisso que me fez pensar esta notícia, a das infiltrações de água numa estação de metro em parte situada abaixo do nível do Tejo.
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