quinta-feira, 14 de agosto de 2025

O falhanço da gestão municipal do Vamos Mudar (1): incompetência generalizada

 

Às 10 horas de ontem faltou a água, de repente.

Ligo para os Serviços Municipalizados de Caldas da Rainha e o funcionário que me atende diz-me, em tom vago, que havia um empreiteiro a fazer qualquer coisa no local (Serra do Bouro, Caldas da Rainha) e recomenda-me que vá "ver" o contador. Pelo-lhe mais informações e, enquanto espero, vou "ver" o contador. Nada de extraordinário se passa.

Regressando ao meu contacto, o mesmo funcionário diz-me que tinha falado com "o encarregado" e que havia uma ruptura e que o empreiteiro estava a tratar dela. Uma empresa privada a tratar de uma ruptura na rede púbica?! Já não me responde.

Saio e, descendo a rua, acabo por encontrar dois funcionários dessa empresa que me dizem que só haviam fechado a água no outro sentido da rua. E que a parte mais alta (de onde eu vinha) não devia ter a água cortada. Mas depois dizem que houve alguém que se enganou. Não fico à espera.

Mais abaixo, vejo que outra rua está cortada e que há uma considerável aglomeração de homens e de máquinas.

Depois das quatro horas (16 horas), ao regressar, deparo-me ainda com obras. Há três ou quatro funcionários no local, todos da mesma empresa, mas não me parece que haja algum a trabalhar. No local há um semáforo improvisado numa estrada onde raramente os veículos se cruzam. Vai alternando entre o verde e o vermelho, praticamente sem trânsito.





Em casa, a água sai da torneira com uma coloração entre o castanho e o amarelo, que oscila entre as sugestões de urina e de excrementos. É uma cor adequada a esta catastrófica gestão municipal que até privatiza as reparações e que só começa a atenuar-se já a caminho das 22 horas.




A gestão municipal do Vamos Mudar, do partido unipessoal do presidente da Câmara Municipal, a quem o cargo há de dar muito jeito, é isto, no meio de um caos urbano onde se misturam o abandono do interior, o escoamento difícil do trânsito numa cidade que está a crescer mal, o aumento da circulação de veículos de turistas e de emigrantes e obras improvisadas e a serem feitas à pressa por ser época pré-eleitoral, e para onde me dizem que estão a ser canalizados os Serviços Municipalizados.

Já vi o seu pessoal a resolver rupturas, invariavelmente, depois das horas de expediente (ou seja, com direito a horas extraordinárias), o presidente de uma união de freguesias já afirmou que é comum as juntas recorrerem aos Serviços Municipalizados com regularidade e à margem de algumas regras essenciais da contabilidade pública. Vejo as rupturas "resolvidas" com terra batida e remendos desajeitados que deixam cicatrizes feias no alcatrão.

Mas, agora, isto? Que, ainda por cima, deixou um remendo tapado com pedras e terra?

E é nesta gestão municipal que querem que nós votemos, no dia 12 de Outubro?

A situação já era má. E com a vitória enganadora do Vamos Mudar, em 2021, realmente mudou... para muito pior.

E, agora, mais não!


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