terça-feira, 5 de setembro de 2023

O morticínio da verdade e o nosso silêncio




O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, disse hoje que, no conflito da Ucrânia, a "contraofensiva" militar do governo da Ucrânia já custara, em três meses, a morte de 66 mil soldados ucranianos e a destruição de 7600 unidades de armamento. Além disso, a defesa aérea russa já tinha abatido 159 rockets HIMARS, mais de mil veículos aéreos não tripulados e 13 mísseis de cruzeiro. A informação está na agência noticiosa russa Sputnik (aqui).

Estes números são fornecidos pelo governo russo e podem não ser verdadeiros e estar inflacionados. Aliás, e a propósito, o governo russo não fornece informações sobre as suas próprias baixas.

Mas convém ter presente que o equipamento militar perdido pela parte russa não é pago por nós, como acontece com grande parte do equipamento militar oferecido pelos dirigentes dos EUA e da União Europeia e que, neste quadro, o mínimo que devemos exigir é que nos prestem contas do que fazem com o nosso dinheiro

E, já agora, também seria importante saber ao certo quantos mortos ucranianos já houve na "contraofensiva" porque, note-se, são as armas pagas por nós que estão a alimentar, e a incentivar, os ataques ucranianos perfeitamente suicidas contra uma linha defensiva de mais de mil quilómetros que os russos puderam estar a solidificar consolidar durante cerca de nove meses. 

A responsabilidade dessas mortes também é nossa, de todos nós. E, pelo silêncio, somos cúmplices do morticínio.



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