Que resta do "luto" proclamado por Vítor Marques, presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, passados que são 50 dias sobre o anúncio do Governo de que o novo hospital do Oeste será construído no Bombarral?
Nada. Ou, melhor, restam o "pão e circo" das festas regionais, a começar pelas Tasquinhas da Expoeste. Interessa pouco que, na capital e no interior do concelho, haja obras por fazer, equipamentos sociais degradados, ruas por limpar, buracos que não são reparados.
O que interessa é o espectáculo. Porque a "perda" do novo hospital do Oeste não dá votos, mas as festas já dão. E é isso que interessa a Vítor Marques: garantir votos, por todos os meios necessários, para a reeleição, daqui a dois anos. Para continuar a lutar pelos seus próprios interesses de empresário.
Quando, a 27 de Junho, se soube que o Governo escolheu o Bombarral para o novo hospital, o presidente da câmara de Caldas da Rainha, depois de uma campanha quase histérica e chauvinista para garantir o exclusivismo do hospital a ser construído, decretou "luto", organizou manifestações, fez juras tremendas e só lhe faltou fechar tudo, demitir-se (ora pois!...) ou atirar-se à quase extinta Linha do Oeste para terminar os seus dias como mártir do ex-futuro hospital de Caldas da Rainha.
Mas isso, claro, já lá vai.
Só gostava de saber o que pensam os que lhe deram ouvidos e a acreditaram na sinceridade dos seus protestos...
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