Em 13 de Junho de 1233, o papa Gregório X proclamou, na sua bula "Vox in Rama", que os gatos eram cúmplices e instrumentos do Diabo e dos que se dedicavam à magia negra. A partir dessa altura, na Europa católica, os representantes da Igreja lançaram verdadeiras campanhas de extermínio, e de tortura, da população felina.
Acontece que os gatos eram, na ausência generaliza de saneamento básico nas cidades e nas restantes povoações medievais, e onde muitas vezes os penicos eram matinalmente despejados para a rua, a melhor arma para combater os antigos "compagnons de route" da humanidade, os ratos.
Sem gatos, ou com gatos em muito menor número, os ratos proliferaram mais à vontade.
E foram os ratos que, nessa mesma altura, ajudaram à disseminação da bactéria "Yersinia pestis" e da doença a que dá origem, a peste bubónica (ou Peste Negra), que teve o seu pico entre 1343 e 1353 (e que matou um número incalculável de seres humanos), trazida da Ásia pelos ratos que viajavam nos navios juntamente com as mercadorias destinadas à Europa.
No Reino Unido, como em muitos outros países da Europa do século XXI, o saneamento básico não impediu que os ratos continuassem a existir, quer em meio urbano, quer em meio rural, e os gatos continuam a ser razoavelmente eficazes para controlar essa ameaça. Pode imaginar-se que o crescimento descontrolado da população de ratos traria ao contacto directo com os seres humanos outros patógenos muito mais perigosos do que o vírus SARS-CoV-2, que causa a covid-19.
E pode ter sido por isso, ou por motivos políticos, que a ideia estúpida a que esta notícia se refere não foi aprovada.
Mas que ela tivesse sido posta como hipótese diz bem da cretinice que triunfou, por medo, estupidez e desvios fascizantes, entre os "especialistas" e os políticos que, por cobardia, se atiraram para a cama dos ditos "especialistas" durante a mais sobrevalorizada de todas as pandemias.
No Reino Unido como cá.
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