Votar, em democracia, é um direito e não uma obrigação. Tal como a abstenção, ou, melhor dito, o não-voto. Quem, em eleições, não se reconhece num determinado projecto ou candidatura eleitoral tem o direito inalienável de não votar.
O voto em branco ou nulo é uma idiotia. Não servem para nada. Influenciam, sem servirem para nada, os números finais. E não são à prova de falsificação.
Gostaria, nestas eleições municipais em Caldas da Rainha, de poder abster-me sem problemas de consciência. Não sei, verdadeiramente, quem são os candidatos, o que pensam, o que propõem. Procurei encontrar programas e o único (legível!) que encontrei foi o da candidatura Vamos Mudar. Não me entusiasmou. Mas mostra que os candidatos deste projecto têm algumas ideias para o concelho (para as freguesias rurais é que não me pareceu).
Por outro lado, parece-me que esta é a única candidatura capaz de fazer mossa na candidatura do PSD. E esse -- contrariar a hegemonia do nocivo PSD de Caldas da Rainha neste concelho -- é um dos aspectos que valorizo. Este PSD, este presidente de câmara e a camarilha que o rodeia são o maior entrave ao progresso do concelho. Os seus membros não agem pelo concelho mas por eles. E devem ser corridos da Câmara Municipal, da Assembleia Municipal e das Juntas de Freguesia.
Desejando poder abster-me, sei que com isso estaria, objectivamente, a favorecer o PSD de Caldas da Rainha. Por isso, não, vou votar.
Embora tenha vindo a perder votos, gradualmente, o PSD tem ainda uma vantagem numérica muito grande e é possível que a candidatura Vamos Mudar não consiga destronar o actual dono da Câmara Municipal. Mas não há como tentar... sem desistir!
É por isso que, nestas eleições, vou votar na candidatura Vamos Mudar para a Câmara Municipal e Assembleia Municipal de Caldas da Rainha e a para a União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro.
Espero que alguma coisa possa mudar. Ou começar a mudar, pelo menos.
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