Se eu tivesse um jornal regional, além da preocupação de ter receitas para ele continuar a publicar-se (ou de ter capacidade de endividamento para o aguentar), teria de preocupar-me com os clientes/leitores e de os tratar bem.
E tratá-los bem significa dar-lhes notícias e informações,
mas também garantir que o jornal lhes chega às mãos, sobretudo aos assinantes
que, embora com uma diferença relativamente ao preço em banca, já pagaram o jornal
e têm a expectativa de o receber.
É claro que a sua entrega, nestas circunstâncias, está
dependente de um factor infelizmente incontrolável: o péssimo serviço da empresa
CTT. Mas, sendo isso já habitual, o jornal tem de saber fazer valer a sua posição
junto dessa abominável empresa e não fazer dos seus assinantes as vítimas da
situação.
Depois de estar uma semana sem receber o semanário “Jornal
das Caldas”, telefonei para este jornal e pedi explicações. A resposta teve
duas partes, resumidamente: se eu não o tinha recebido, a culpa era dos CTT (e
eles até protestavam, às vezes); se eu quisesse um exemplar da edição em falta,
podia ir buscá-lo à loja do jornal.
O que, deste lado, o assinante não pode deixar de pensar é
isto: eles já lá têm o dinheiro, não estão para se incomodarem.
Mas a resposta que eu, ou qualquer assinante, gostaria de ter tido era esta: a responsabilidade da não entrega é dos CTT e vamos reclamar; vamos enviar-lhe já o exemplar em falta; oferecemos-lhe mais uma semana extra, quando a sua assinatura terminar.
Numa circunstância destas, para que preciso eu de estar a assinar um jornal que trata assim os seus clientes/leitores quando até tenho dinheiro para o comprar, semanalmente, em banca? Se eu me lembrar de que ele existe, claro.
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